Gordura abdominal e Covid-19: quais são os riscos?
A melhor forma para prevenir e tratar a obesidade abdominal e suas complicações é adotar bons hábitos de vida, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável.
Pesquisas recentes sobre a obesidade, apontaram que a circunferência abdominal aumentada é um parâmetro mais importante em ser analisado do que a obesidade geral na análise de risco para a gravidade da covid, realizada através de exames de raio x. A diferença entre elas é que a obesidade abdominal é a gordura acumulada ao redor da cintura e a obesidade geral é determinada pelo índice de massa corporal.
Para obter tal conclusão, pesquisadores do Instituto de Hospitalização e Cuidado Científico Policlínico San Donato analisaram a função pulmonar de 215 pacientes e aqueles com obesidade abdominal tiveram resultados significativamente piores em comparação com aqueles sem obesidade abdominal. Em números percentuais, a diferença foi de 59% e 35%, respectivamente.

A gordura abdominal é perigosa, pois leva a resistência à insulina. Nesse quadro o organismo passa a produzir mais insulina e o excesso desse hormônio gera ganho de peso. Como o pâncreas (órgão produtor da insulina) tem sua demanda metabólica muito aumentada, trabalhando muito acima da capacidade que deveria, pode não conseguir mais manter este ritmo de produção. Assim, surgem as alterações glicêmicas e consequentemente o diabetes.
A gordura abdominal pode ser aferida por um profissional capacitado e os valores de normalidade são: NCEP/ATPIII: considera valor ideal <102cm homens e <88cm mulheres
A melhor forma para prevenir e tratar a obesidade abdominal e suas complicações é adotar bons hábitos de vida, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas, cereais integrais e com ingestão reduzida de alimentos ricos em gorduras saturadas (fast food) e carboidratos simples (doces, bolos, sorvetes, biscoitos recheado).