Acompanhante de parto tem que ser útil
“Deixe o acompanhante assumir o seu papel ainda durante a gestação.”
O acompanhante precisa saber que pode e deve ser útil. Nada de ficar parado vendo tudo acontecer. Nada de grupos de WhatsApp. Nada de Story de Instagram.
A pessoa escolhida para estar ao lado da mulher desde a primeira contração até o nascimento do bebê, deve ser igualmente preparada e informada.
É imprescindível que o acompanhante do parto saiba minimamente sobre fisiologia do parto para que não se desespere na hora e não seja um sujeito passivo no cenário. Isso evita preocupações excessivas, internação precoce e uma cascata de intervenções desnecessárias.

Parir é fisiológico, mas o psicológico conta muito. O organismo trabalhará quando o momento certo chegar e o emocional precisará acompanhar o físico. Ter um acompanhante de parto que traga leveza, calma, proporciona relaxamento, esteja animado, disposto a somar, presente e que dê o apoio necessário em cada fase do trabalho de parto faz toda diferença no equilíbrio emocional da parturiente (mulher em trabalho de parto).
O primeiro ponto é: Escolher um acompanhante que seja proativo. Não é hora de pensar em obrigatoriedades de parentesco. O acompanhante tem que ser alguém que vá ser sua fortaleza quando pensar não ser capaz. A doula é importantíssima, mas não substitui o vínculo afetivo que a gestante tem com o seu acompanhante.

Decisão tomada? É necessário torná-lo parte do processo desde a gestação. Inclua-o nas consultas, atendimentos, cursinhos, aulas de parto, nas consultorias e em tudo o que fizer. Querer que alguém seja ativo, participativo e saiba o melhor a se fazer lá na hora do “vamo vê”, é inviável sem o básico de informação. Só gera frustração, estresse, sensação de desamparo e solidão. Deixe o acompanhante assumir o seu papel. Só se sentindo parte do processo, ele ou ela conseguirá somar e, garanto, que melhorará MUITO a experiência para todos.