Recursos que aliviam a dor do parto sem o uso de medicamentos
Os chamados métodos não farmacológicos para alívio da dor são ótimos aliados no trabalho de parto.
O primeiro ponto a pensarmos é que a dor do parto vem da contração da musculatura do útero. Todo músculo contrai e relaxa, certo? Durante o trabalho de parto existem as contrações que são dolorosas e progressivas, mas após a contração vem o relaxamento. O trabalho de parto não é contração – contração – contração… É contração – intervalo – contração… Até o nascimento.
O método de alívio de dor mais conhecido é a analgesia medicamentosa, mas existem outros recursos que aliviam a dor sem o uso de medicamentos. É aqui que entra a atuação do Fisioterapeuta Especializado em Saúde da Mulher na assistência ao parto.
A atuação fisioterapêutica no parto visa, em conjunto com a equipe, o bem estar da mãe e do bebê. Nossos principais objetivos são reduzir a dor, a ansiedade, a fadiga materna, o tempo do trabalho de parto e traumas perineais, estimulando a parturiente (mulher em trabalho de parto) a ser protagonista de sua história. Como grande objetivo, o nascer mais harmonioso e uma lembrança saudável da experiência, independente do desfecho.
Os recursos não medicamentosos que podem ser utilizados são:
– Massagem;
– Posicionamentos e posturas – altera os pontos de pressão do bebê na pelve;
– Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS) – estimulação em pontos de inervação das musculaturas envolvidas;
– Manobra de compressão pélvica – auxilia na abertura do estreito inferior da pelve, facilitando a passagem do bebê;
– Reflexologia – pressão ou manipulação de pontos específicos;
– Acupuntura e Acupressão – aumenta a tolerância à dor;
– Hidroterapia e Termoterapia – o uso da água aquecida como recurso para promover relaxamento.
Tais recursos possuem eficácia comprovada por bons estudos, não apresentam efeitos adversos e são bem aceitas pelas parturientes. Para as que almejam um parto via vaginal, mas têm medo de “não aguentarem a dor”, é importante conhecer esses recursos e, se possível, buscar um profissional especializado na assistência.