Violência contra a mulher: conheça os diferentes tipos e aprenda a identificá-los

Psicóloga reforça a importância da denúncia e da busca por ajuda profissional.

Espancamento, ameaça, constrangimento, humilhação, restrição financeira, destruição de objetos pessoais, proibição de uso de contraceptivos e relação sexual sem consentimento: o ciclo de violência contra a mulher envolve diferentes tipos de ataque e, quando submetida a qualquer um deles, a vítima deve denunciar e procurar ajuda profissional.

No Brasil, uma mulher é vítima de agressão a cada quatro horas. Além disso, três em cada dez brasileiras já sofreram violência doméstica provocada por um homem. As informações são da Rede de Observatórios da Segurança e da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado.

Diante dos altos índices registrados, a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Mayrla Pinheiro, faz importantes alertas sobre a temática e destaca a relevância de uma rede de apoio efetiva.

Foto: Divulgação

Segundo a profissional, o ciclo da violência costuma acontecer em três fases. Primeiro, existe a tensão gerada pelas discórdias entre o casal. Na segunda fase, ocorre a agressão propriamente dita, seja física, sexual ou patrimonial. Em seguida, é iniciado o ciclo do arrependimento, quando o agressor tenta justificar e convencer a vítima sobre o motivo de sua violência.

“É o que a gente chama na psicologia de ‘lua de mel’. O agressor, normalmente, coloca-se no lugar de vítima, estimulando a mulher a desconsiderar o problema e a perdoá-lo”, explica Mayrla sobre a terceira fase do ciclo.

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Entenda os cinco tipos de violência contra a mulher

Violência física: começa com apertões, empurrões e chega ao ponto de o agressor jogar a mulher contra algum objeto e até praticar crimes com armas brancas e armas de fogo.

Violência psicológica: o agressor mexe com questões psíquicas e provoca danos emocionais a ponto de a vítima duvidar da própria saúde mental.

Violência sexual: diferentemente do que muitas pessoas pensam, a violência sexual não se resume a estupro. Envolve, também, qualquer tipo de relação sem consentimento e até mesmo a proibição do uso de método contraceptivo por parte do agressor.

Violência patrimonial: ocorre quando o agressor retém, destrói ou subtrai qualquer tipo de patrimônio da vítima, seja documento, dinheiro, roupas e celulares. O simples fato de pegar um objeto da casa e destruir, mesmo que seja um patrimônio do casal, configura violência patrimonial.

Violência moral: acontece diante de questões de injúria, calúnia e difamação, incluindo xingamentos que, muitas vezes, são erroneamente naturalizados na relação.

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“É preciso entender que, muitas vezes, o ciclo já vem da relação dos pais, onde há a permissividade. Então, a mulher acha natural. Mas ela precisa entender que todos esses atos são violentos e inaceitáveis. É importante buscar ajuda. Para isso, existe um canal direto de denúncia, que é o 180, mas também há chat para o registro de ocorrências. Há várias leis e serviços para amparar a mulher. Inclusive, existe ajuda profissional para tratar o luto da relação tóxica”, alerta Mayrla.

 

Canal da Mulher

Desde outubro deste ano, a Hapvida NotreDame Intermédica expandiu o Canal da Mulher para que clientes possam denunciar casos de violência doméstica. O projeto foi feito em parceria com a ONG As Justiceiras e tem como objetivo suprir a necessidade de sistemas alternativos para combater e prevenir a violência de gênero.

A plataforma – disponível 24 horas por dia, sete dias por semana – conta com uma força tarefa voluntária de mulheres para oferecer orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica e rede de apoio e acolhimento. Para se conectar, basta acessar o link Canal da Mulher.

Da Redação

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