Indústria perde terreno para serviços na geração de empregos em Ribeirão Preto
Dados da ACIRP demonstram uma evolução na geração de empregos pelo setor de serviços ao longo dos seis últimos anos, com um crescimento médio de 1,2% ao ano; setor industrial registra queda de 3,6% ao ano.
Ribeirão Preto, conhecida por ser uma cidade de serviços, consolida cada vez mais esta sua vocação. Estudo realizado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (ACIRP) aponta que, nos últimos seis anos, o município registrou uma evolução na geração de empregos pelo setor de serviços, que sempre prevaleceu sobre os demais.
Os dados mostram que a prestação de serviços concentra mais de 50% da força de trabalho, com um crescimento médio de 1,2% ao ano. Por outro lado, o estudo aponta que a indústria vem perdendo espaço nas contratações. O setor concentra menos de 10% da força de trabalho e registra uma queda média na empregabilidade de 3,6% ao ano.
Em contrapartida à diminuição dos postos de trabalho no setor industrial, o levantamento indica mais eficiência na produtividade.
“As indústrias instaladas têm diminuído a necessidade de mão de obra, mas têm aumentado sua contribuição no PIB (Produto Interno Bruto) do município em uma média de 8,87% ao ano”, aponta o assessor de Relações Institucionais da ACIRP, Renan Rocha.
A região metropolitana de Ribeirão Preto também vem ganhando espaço no ranking estadual de VTI (Valor de Transformação Industrial) devido à desconcentração da atividade industrial, movimento provocado pela saída das indústrias dos grandes centros e consequente migração para as regiões do interior.
“Em 2003, a participação da região metropolitana era de 2,5% e chegou a 3,1% em 2016. No ranking de contribuição na arrecadação estadual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), principal imposto relacionado à produção industrial, Ribeirão Preto saltou da 41º posição em 2019 para a 35° em 2020, um aumento de 15,84% em plena pandemia”, explica Rocha.
Com relação à participação no PIB, apesar da indústria ter registrado leve aumento de 2014 para 2018, passando de 11,49% para 12,51%, isso representa menos de um quinto da composição do Valor Agregado Bruto (VAB).
“Os setores de comércio e serviços detém 87% de participação, o que reforça o posicionamento do município como uma economia voltada para serviços”, conclui Rocha.