Núcleo Postos explica preços dos combustíveis com a volta da cobrança de PIS/Cofins e da Cide
Desde a semana passada as distribuidoras que atendem a região, suspenderam as vendas de gasolina ou aumentaram antecipadamente o preço deste combustível.
A Petrobrás anunciou na terça-feira (28/02) nova redução de 4% no preço do litro de gasolina e de 2% no preço do litro de diesel, da refinaria para as distribuidoras. Também ontem, no fim do dia, o Ministério da Fazenda anunciou a volta da cobrança dos tributos PIS/Cofins e Cide, sobre a gasolina e o etanol. Ambas as medidas entraram em vigor hoje, quarta-feira (01/03).
Mas, na prática, como fica?
O Núcleo Postos Ribeirão Preto, grupo setorial que reúne 85 revendedores da cidade, esclarece que foram aplicadas a redução e a reoneração parcial, ao mesmo tempo. Por isso deverá ser projetado os seguintes preços médios nos postos de Ribeirão Preto:
– Gasolina A (considerando a mistura de 27% de álcool anidro) custará, em média, R$ 5,50/litro (alta média de R$ 0,25/litro, na bomba);
– Etanol custará, em média, R$ 3,75/litro (alta média de R$ 0,10/litro, na bomba);
– Diesel (que teve apenas redução e não reoneração, e que possui biodiesel em sua composição), custará em média R$ 5,90/litro (redução média de R$ 0,07/litro, na bomba).
“Em verdade, o governo buscou uma compensação para que o impacto no bolso do consumidor fosse um pouco menor. Desde o fim do ano passado, ainda no governo Bolsonaro, gasolina, etanol e diesel, estavam com esses tributos zerados por meio de medida provisória, barateando os preços nas bombas. O Ministério da Fazenda já deixou claro que essa reoneração será feita em etapas, portanto, ainda teremos novas altas por conta dos tributos que incidem nos combustíveis”, analisa Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos.
Ainda segundo Roca, infelizmente, desde a semana passada as distribuidoras que atendem a região, suspenderam as vendas de gasolina ou aumentaram antecipadamente o preço deste combustível.
“Os postos revendedores tiveram muita dificuldade de comprar o produto para garantir o abastecimento ao consumidor. A falta de informação sobre como ficaria a reoneração dos combustíveis trouxe instabilidade ao mercado e isso refletiu no preço da distribuidora para o posto revendedor”, explica.
Roca, também lembra que, atualmente, o mercado internacional apresenta tendência de baixa.
“Na prática, significa que, ao promover a reoneração, o governo também terá de considerar o desempenho de preços no mercado internacional e a variação cambial. Será sempre um fator pelo outro, até que as alíquotas sejam recompostas. É importante que a sociedade fique de olho. Orientamos que o consumidor procure abastecer sempre em seu posto de confiança, observando que, se o preço do etanol for inferior a 70% do preço da gasolina, compensará mais optar pelo biocombustível”, finaliza.
Os revendedores associados ao Núcleo Postos RP foram orientados a ajustar os preços conforme o valor de nota fiscal que vier das distribuidoras.