De mãos dadas com o plano de aula
Quando começamos uma aula, estabelecemos com o aluno um acordo, uma espécie de contrato que visa ensinar e garantir que ele aprenda. Estabelecer o plano de ensino é uma tarefa obrigatória da instituição escolar, mas o professor vai além e carrega consigo a obrigatoriedade de fragmentá-lo em várias ações que formarão o plano de cada aula.
Ao entrar em sala, o professor precisa ter estabelecido claramente o que propõe aquele conteúdo e é importante que o aluno o conheça também. E a tecnologia tem mostrado que pode auxiliar a estreitar esse caminho. O Google e a Fundação Lemann divulgaram na última quarta-feira (22/03) uma parceria para uma iniciativa que pretende entregar, direto no celular do professor de ensino fundamental, planos de aula com conteúdos previstos na Base Nacional Comum Curricular (http://porvir.org/google-lemann-se-unem-para-entregar-planos-de-aula-direto-celular-professor/).

Este projeto pretende permitir aos docentes acesso gratuito a 6 mil planos de aula de todas as disciplinas da educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental, via celular. Isso poderia auxiliar aluno e professor a atingir um maior potencial de aula. A questão do uso celular nos faz pensar no assunto do acesso às tecnologias, entretanto, o celular é um dos recursos mais usados por professores, segundo mostra pesquisa do Cetic.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil). De acordo com o levantamento, mais de um terço dos docentes, 39%, afirma utilizar o dispositivo para realizar alguma atividade com seus alunos, sendo 36% de escolas públicas e 46% das privadas.

Os docentes já utilizam a tecnologia em sala. São iniciativas que promovem atividades para o aprimoramento de conteúdos, ações colaborativas, trabalhos em grupo etc. Os alunos, sabemos, também têm acesso a dispositivos móveis e nos trazem uma realidade educacional diferenciada. Um desafio ao professor que tem que prender a atenção do grupo e garantir que o conteúdo seja devidamente aprendido a cada aula. Empreendimentos como este do Google e da Fundação Lemann prometem ampliar a conexão com conteúdos nos próximos anos.