Educação e uso de mídia em sala de aula
Tenho ouvido que os modelos de ensino estão sendo alterados, que essa nova geração de alunos é diferenciada, que não suporta mais a aula tradicional e realmente esforços estão acontecendo nesse sentido.
Há iniciativas de universidades, por exemplo, que estão extinguindo uso de slides porque isso pode tornar a aula chata. Alternativas como esta sinalizam para uma nova preocupação quanto ao formato da aula clássica, sem dúvida, porém, seria mesmo o uso de determinadas tecnologias que estaria tornando as aulas monótonas? Questiono se podemos colocar toda a responsabilidade nos recursos tecnológicos, às vezes, mal utilizados por nós, professores.
O interesse em mudar os padrões de ensino passivo já existe entre alunos, entre docentes e na própria gestão escolar, mas ainda é necessário que compreendamos de modo geral, que o incentivo a uma aula interessante, colaborativa e realmente proveitosa dependerá do esforço pessoal dos atores envolvidos no ensino-aprendizagem, o que nem sempre vai envolver uso de tecnologias em sala de aula.

É certo que estamos vivendo uma condição de época tecnológica irreversível. Entretanto, a inserção da tecnologia na educação precisa considerar a proposta de aula, os objetivos do ensino e da aprendizagem. Inserir uma tecnologia apenas para cumprir com a obrigação de época, ou de modismo, não condiz com a proposta educacional. Seria um adereço sem propósito, apenas para fins decorativos. E atualmente, com tantas possibilidades, em alguns momentos continuamos a seguir esse modelo, mesmo com o uso desses recursos.
O que queremos ao utilizar tecnologia em sala de aula é fazer com que o conteúdo possa se aproximar mais do estudante, que o aluno possa ouvir, assistir e agir colaborativamente atingindo o patamar de um ensino-aprendizagem que fomentem o conhecimento. Sempre lembrando que também não é ideal atribuirmos sucesso à aula por ter usado determinadas mídias. O diferencial está no modo de conduzir o conteúdo, na relação aluno – docente – escola.