Educação, mostra sua (nova) cara!

O ensino superior que conhecemos hoje em breve nos mostrará sua outra face!

A educação na qual professor detém toda a informação e o aluno apenas a recebe passivamente já não tem mais espaço na maioria das escolas. Aluno chega em aula conectado (e assim quer permanecer), já pesquisa antes, já ouviu sobre aquele conteúdo.

Mas não é a isso que me refiro quando digo sobre a nova face. Isso é só uma etapa da grande mudança a qual presenciaremos no que diz respeito ao ensino superior. Refiro-me à transformação estrutural pela qual passa o modelo até então tradicional de ensinar e aprender dos cursos superiores.

Já é possível ver que instituições de ensino estão saindo da forma clássica de aula para um novo padrão. Primeiro a aula passou a ser teletransmitida, a aula convencional agora poderia ser assistida há milhares de quilômetros de distância pela tecnologia via satélite, por exemplo. As atividades avaliativas passaram a ser online, o contato com os professores tinham agora data e hora marcada, fora do horário de aula, nos chats online. Estávamos diante da Educação a Distância. Grande mudança está descrita neste parágrafo, pois o formato presencial consolidado estava por ser alterado.

Ressalto que não imagino que o que conhecemos chegará ao fim, não! Vejo e presencio um reajuste na educação de modo que todos que nela atuam transitem para um novo nível superior do ensino mesclando presença e distância.

E se não bastasse a ousadia da nossa Educação, ela agora propunha aos alunos algo que antes não era destaque no aprendizado: a autonomia! Assim, a Educação a Distância se fortaleceu e firmou um novo arquétipo que combina aprendizado online e offline, misturando momentos de estudo individual, virtual, e outros nos quais o estudante aprende de forma presencial.

O modelo não se manteve apenas nos cursos a distância, tamanha sua aceitação. Os moldes do chamado ensino híbrido transitam agora para os cursos que são prioritariamente presenciais. EaD e presencial caminhando para uma fusão.

A aula agora então passa a ser parte do conteúdo estudado e não ele todo. Para construir sua base de conhecimento, o discente tem que assistir à aula, realizar suas atividades individuais e coletivas, colaborativas, dialogar com professor e colegas em chats sobre os conteúdos estudados e demonstrar sua participação em canais assíncronos como os fóruns de discussão, por exemplo. Esse combinado de ações trazido pelo hibridismo conta, e muito, como o domínio da tecnologia.

A autonomia e a tecnologia estão ligadas para transmitir as informações e receber os conhecimentos dos alunos. Os estudantes precisam da autodisciplina e do domínio das tecnologias para atingir o objetivo de estudar. Assim, também podemos dizer que o modelo clássico perde espaço se não se adequar à nova proposta que coloca o aluno como um agente atuante em seu processo na busca pelo conhecimento. Ressalto que não imagino que o que conhecemos chegará ao fim, não! Vejo e presencio um reajuste na educação de modo que todos que nela atuam transitem para um novo nível superior do ensino mesclando presença e distância.

Caroline Petian

É jornalista e doutora em Comunicação e Cibercultura.

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