Informação e seu efeito paralisante

Existe um mundo de informações à disposição dos seres humanos. Diariamente, inúmeras notícias, novos posts e comentários surgem nos ambientes real e virtual.

Um aglomerado informacional permeia a humanidade e, principalmente os jovens em idade escolar. Diante disso, como é possível compilar todas as informações importantes? Qual a melhor forma de aprender e reter o conhecimento diante de tantos atrativos?

Em aula, por exemplo, o aluno pode sofrer o efeito paralisante do excesso de opções, ou do excesso de informações! Sim, são tantas tarefas a serem feitas, tantos caminhos a serem percorridos no mundo virtual que o aluno se perde em uma aula se estiver sozinho ou sem orientação. Por isso, é extremamente importante pensarmos no papel do docente que vai ajudar na curadoria dessas informações que sejam pertinentes a aula.

Levar a tecnologia para a sala de aula não é simplesmente permitir que usem o celular ou computadores com internet. É dinamizar a aula usando tecnologia e fazê-la pertencente ao conteúdo estudado aproximando os alunos do mesmo. Não dá mais para impedir o uso dos eletrônicos em sala, mas podemos aproveitá-los e reverter o uso parta momentos em que os estudantes podem interagir com o grupo usando esses equipamentos.

O dinamismo sobre o qual eu falava não está ligado estritamente à tecnologia, ele é resultado de uma associação. Em um momento de aula, por exemplo, o professor pode deixar de lado a aula expositiva para conduzir os estudos baseando-se em estudos de caso, ou mesmo baseando-se em problemas ou usando a metodologia de equipes. Tudo vai depender do perfil da turma. Entretanto, é necessário que o docente faça o diagnóstico dessa turma para usar as ferramentas e a metodologia adequadas.

Talvez um trabalho colaborativo logo de primeira não funcione para uma turma que não está entrosada. Da mesma forma não podemos estudar um caso sem ao menos fazer uma leitura prévia. Identificada a melhor metodologia a ser utilizada, o professor passa para a escolha da tecnologia. Há vezes em que papel e caneta serão suficientes, em outras, os celulares conduzirão a atividade.

São situações sobre as quais nós precisamos pensar ao planejar uma aula, pois a escolha do método e da tecnologia depende do objetivo a ser alcançado. Aulas expositivas não são ruins, só não podem mais a preferência dos docentes e ser usadas sem nenhum recurso. O professor precisa sair do lugar comum e notar que os estudantes aprendem de diversas formas e se pudermos atrelar a tecnologia que este aluno mesmo já leva para a escola, então poderemos unir o útil ao agradável.

Caroline Petian

É jornalista e doutora em Comunicação e Cibercultura.

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