Saberes compartilhados

Os saberes da experiência são fundamentais para a formação docente. A formação acadêmica, nem se discute é indispensável, mas a experiência enriquece o profissional de forma incalculável e é capaz de fomentar mudanças profundas no modo de ensinar. Característica que deve ser carregada pelos professores que desejam estar sempre prontos a inovar! Vivência!

O discurso docente tem que vir da própria prática. Exercício dinâmico de reflexão e atualidade. O professor é sujeito da própria mudança, da inovação do saber. Inovar não é apenas ter uma tecnologia de última geração sendo usada em aula, é diversificar as práticas, as metodologias, a sala de aula. Sair do lugar comum, do padrão conduzido e se direcionar a um caminho de educar estudantes de forma transformadora.

Em uma de suas palestras de 2017, Mário Sergio Cortella enfatizou que o mundo muda e muda velozmente! Certamente a tecnologia contribui para esse cenário da instantaneidade e os professores têm que se preparar para os alunos que desafiarão o saber a cada ano. Entender de tecnologia deve estar na agenda do docente para que sempre compreenda o que está no mercado e na atenção dos alunos. Porém, vale lembrar que não só pela tecnologia ocorre o aprendizado, a fórmula do aprender e do ensinar é feita por cada docente e por cada aluno dentro de uma sala que possa a ter centenas ou milhares de alunos (no caso do EAD, por exemplo).

Praticar a docência é vivenciar experiências e transformá-las em ensino, é usar a tecnologia e os métodos em prol da transformação da educação a favor do protagonismo. O professor deve ter orgulho de suas práticas e precisa querer inovar para transformar a educação. Por meio de boas práticas a educação caminha a passos largos e pode este ser o início dos novos rumos que desejamos para esta área. Refletir, praticar em sala e inovar são pontos a favor do docente e dos discentes, mas só poderão compor o tripé que ocasionarão a mudança educacional se os saberes desses atores forem compartilhados.

Caroline Petian

É jornalista e doutora em Comunicação e Cibercultura.

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