Viagens educativas

Conhecer museu é algo que considero encantador! Durante as viagens que fiz, sempre existia um museu convidando à visitação.

Um dos mais lindos e exuberantes foi o museu do Louvre, em Paris. Espaço que traz a história quase viva e enche olhos e coração de emoção. Neste lugar, vi uma cena tocante que jamais esqueci. Ao visitar as obras, presenciei várias crianças ainda muito pequenas, que se sentavam em frente a quadros e esculturas com pranchetas e lápis nas mãos e punham-se a observar aquelas peças de modo a fazerem uma interpretação sobre elas.

Era um trabalho escolar. Havia algumas professoras acompanhando o grupo. Mas como poderia ser, crianças com seus 4 ou 5 anos já interessadas tão profundamente em arte? Elas estavam sentadas diante da obra escolhida, visivelmente encantadas, e espalhavam-se pelas salas do Louvre mantendo-se silenciosamente em observação para fazer seu desenho interpretativo.

Esse episódio reteve minha atenção e me fez pensar como poderiam as crianças do nosso Brasil conhecer tantas belezas artísticas expostas nos museus do mundo. Claro que naquele momento do ano de 2007 eu concluí que seria impossível. Entretanto, a tecnologia têm nos dado muitas possibilidades e mudado este caminho. Há algum tempo os tours virtuais estão disponíveis em determinados museus, como o do próprio Louvre, por exemplo.

Porém, recentemente, o Google ampliou esse leque de opções com o projeto Google Arts & Culture oferecendo, além de exposições online, a chance de explorar 2.779 museus de todo o mundo por meio de uma plataforma que também disponibiliza informações históricas de movimentos culturais, matérias e textos. Recurso que oferece aos usuários uma visita em 360 graus a esses locais que muitas vezes são inacessíveis se formos levar em consideração custos e distância.

Esse projeto foi posto em prática utilizando outro recurso tecnológico, o Google Maps, e com ele “os locais foram visitados e registrados, tornando disponíveis online até mesmo as obras de arte que abrigam. A ferramenta permite ainda a busca pelo nome do museu, do artista ou da obra de arte. As descrições vêm com os detalhes, desde a data, até o material utilizado na pintura, escultura ou fotografia”, link.

Com a tecnologia disponível, professores podem ampliar os conteúdos ministrados em sala de aula e aproximar ainda mais os alunos de museus e obras de arte do mundo todo. A aula pode ultrapassar fronteiras territoriais se amparada na tecnologia que expande os horizontes da educação.

Caroline Petian

É jornalista e doutora em Comunicação e Cibercultura.

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