MEI cresce durante a pandemia; com recorde de desemprego, tendência deve se manter em 2021
Quase 2 milhões de brasileiros se tornaram microempreendedores individuais em 2020.
De acordo com dados extraídos do Portal do Empreendedor, do Governo Federal, quase 2 milhões de brasileiros se tornaram microempreendedores individuais (MEI) em 2020, alcançando um total de 11,3 milhões de MEIs ativos em dezembro do mesmo ano.
É um recorde que deve encontrar similaridade em 2021. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a taxa de desemprego no país atingiu 14,1% no trimestre de setembro a novembro de 2020, atingindo 14 milhões de pessoas. É a taxa mais alta para este trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
Empreendedorismo por necessidade pode ser oportunidade
O chamado empreendedorismo por necessidade – quando empreender não é uma escolha planejada, e sim uma via compulsória – teve grande impacto no aumento do número de novos microempreendedores no país.
De acordo com o Sebrae, um terço das formalizações de 2020 é de pessoas que começaram a empreender por necessidade, e a crise gerada pela pandemia – com o desemprego como resultado – impulsionou esse crescimento.
“É um momento de grandes desafios e dificuldades, mas que pode abrir novos horizontes para os microempreendedores. As mulheres foram muito mais afetadas na crise, mas também têm grande chance de criarem seus próprios negócios agora”, pontua a consultora e fundadora da GirlBoss Empreendedora, Tânia Gomes Luz, que ainda complementa: “a transformação profunda que a crise do coronavírus impôs para a sociedade fechou muitas portas, mas acabou gerando novas demandas, sobretudo no meio digital. Habilidades pessoais que antes eram vistas como hobbies ou como atividades caseiras podem ser a oportunidade de garantir a renda para muitos brasileiros”, ressalta.
É considerado MEI (Microempreendedor Individual) aquele que possui um pequeno negócio que é gerido sozinho, ou que tem apenas um funcionário. Para se enquadrar nesta categoria, é necessário ter faturamento máximo anual de R$ 81 mil.