O melhor amigo do homem também mora em prédios

Cães e gatos tem se tornado moradores frequentes de apartamentos e condomínios, com isso os donos tem tido mais responsabilidades para manter seus cães dentro das regras desses locais

Com a correria do dia a dia e o aumento na procura por condomínios devido a oferecer maior segurança, aumentou também a busca pela companhia dos animais de pequeno porte, pensando na melhor adequação do animal em um ambiente com menor espaço e verticalizado.

A estudante Laura Siberi Piovesan, 23 anos, saiu do conforto da casa dos pais em Pirassununga (SP) para morar sozinha em um apartamento na cidade de Ribeirão Preto (SP) e dessa forma poder fazer cursinho e lutar pelo seu maior sonho, uma vaga, no curso mais concorrido do país, Medicina.

A chegada da Peppa, uma filhote da raça Shih-tzu, trouxe alívio para os momentos em que a estudante Laura Piovesan se sente sozinha e angustiada
A chegada da Peppa, uma filhote da raça Shih-tzu, trouxe alívio para os momentos em que a estudante Laura Piovesan se sente sozinha e angustiada

Laura conta que passava a maioria do tempo sozinha e que sentia falta de ter uma companhia.

“Optei por ter cachorro no meu apartamento por me sentir muito só e morar com outras pessoas pode ser muito difícil”, revela a estudante.

A veterinária Renata Andresa Camilli, formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), afirma que o ideal é tomar certos cuidados para criar animais em apartamentos e buscar conhecer melhor a raça e o porte. De acordo com a especialista, se forem adotadas algumas medidas, é possível morar num apartamento e ter animais de estimação.

“Uma das raças que se adapta muito bem ao apartamento é o Shih-tzu. São cães normalmente dóceis, brincalhões, convivem bem com crianças, são facilmente adestrados, são amigáveis com pessoas de fora da casa, porém exigem cuidados específicos com pelagem e na saúde em geral”, explica a veterinária.

Outras raças que também se adaptam bem ao apartamento são os Spitz alemão, Pug, Buldogue francês, Yorkshire, Maltês, Chiuaua e por que não os sem raça definida (vira latas ou SRD) que costumam ser amorosos e agradecidos quando ganham uma nova família.

Os desafios de ter cachorros em apartamento

Assim que optou por uma companhia animal, Laura tinha a consciência de que aumentaria suas responsabilidades, como por exemplo, sair para passear com ele, assim evitando com que fique deprimido ou agressivo, ensinar o cão a não latir por qualquer coisa, além de ensinar o bichinho a fazer “suas necessidades” no local adequado.

Ela conta que Peppa, da raça Shih-tzu de apenas 4 meses, faz necessidades no jornalzinho, não solta pêlo, não late, e não chora – “só um pouco quando saio. Passeio todos os dias no fim da tarde, tem uma praça espaçosa em frente de casa onde tem vários cachorros que por sinal também devem residir em apartamentos com suas famílias”, conta.

Compartilha ainda que a convivência com o animalzinho é muito tranquila, embora sinta pena dela ficar dentro do apartamento muito tempo, mas que tem a casa da mãe com um espaçoso quintal para ela ficar às vezes.

Peppa não teve nenhum problema de adaptação, sua tutora conta que o apartamento é bastante espaçoso e dá para fazer a diversão da sua companheira.

“Ela brinca com seus brinquedos, corre, não é nada agitada e têm sempre uma noite tranquila de sono”, diz a estudante. São técnicas que garantem um melhor comportamento por toda sua vida adulta, além de contribuir para o desenvolvimento do filhote.

Renata explica que as brincadeiras são extremamente importantes, principalmente em ambientes verticalizados e ressalta que os animais necessitam de atividades físicas e mentais para que gastem suas energias, além de muitas doses de carinho e atenção.

A veterinária Renata Camilli, afirma que o ideal é tomar certos cuidados para criar animais em apartamentos e buscar conhecer melhor a raça e o porte
A veterinária Renata Camilli, afirma que o ideal é tomar certos cuidados para criar animais em apartamentos e buscar conhecer melhor a raça e o porte

O recomendado seria caminhada de 15 minutos, duas vezes ao dia, com auxílio também de brinquedos que favorecem no gastos de energia mental.

“São brinquedos que dão pra colocar petiscos dentro, como frutas ou a própria ração, e conforme o pet brinca vai soltando os petiscos”, explica a veterinária.

Enriqueça o ambiente

Os gatos também se adaptam muito bem em ambientes menores ou apartamentos, desde que todas as janelas possuam telas. Dessa forma, para os cães e gatos que vivem em apartamento, o ideal é que o espaço dedicado ao animal seja enriquecido com objetos recreativos que estimulem exercícios e brincadeiras, tornando aquele cantinho agradável ao pet e com o gasto de energia, eles ficam sem tempo de estragar os objetos da casa.

“Uma casa com animal de estimação se torna um lar com muito mais alegria”, finaliza a veterinária.

Pamela Baldin

Pâmela Baldin é estudante de Jornalismo

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