Presa quadrilha que invadia banco de dados de empresas

Os envolvidos desenvolveram equipamentos que, a partir de um simples leitor de código de barras utilizado na consulta de preços

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Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) deflagraram, na manhã desta terça-feira (8), uma importante ação contra uma quadrilha responsável por invadir sistemas operacionais de grandes redes de comércio e do sistema financeiro.

A operação batizada de Ludificatio (enganar) cumpre oito mandados de prisões e 14 mandados de buscas e apreensões na cidade de São Paulo e nos municípios de Diadema, no Grande ABC, e Barueri, na Grande São Paulo.

Os envolvidos desenvolveram equipamentos que, a partir de um simples leitor de código de barras utilizado na consulta de preços, conseguiam assumir o controle dos computadores, desviarem dinheiro das vendas e pulverizar esses valores em inúmeras contas próprias.

A operação Ludificatio é resultado de 18 meses de apurações desenvolvidas pela 4ª DIG (Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos). O golpe antes de ser descoberto provocou prejuízos de, pelo menos, R$ 800 mil. Mas esse montante poderia ter sido ainda maior.

 “As investigações detectaram vários equipamentos instalados em diversos ramos de atividade comercial e bancária. Conseguimos antecipar as invasões. Isso permitiu evitar prejuízos que poderiam atingir algo em torno de R$ 25 milhões”, disse o delegado Jose Mariano Araújo Filho, titular da 4ª DIG.

As prisões, buscas e apreensões estão sendo realizadas por um efetivo de 80 policiais da DIG (Divisão de Investigações Gerais) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubo). Os alvos principais os operadores do esquema. Outro objetivo é a apreensão do aparato tecnológico utilizado para burlar a segurança nos sistemas de informática das empresas.

Segundo Araújo Filho, a quadrilha conseguia inverter fluxo de informações utilizando como portas de entradas equipamentos que até então na requeriam maior atenção por parte dos sistemas de defesa dos programas. “Um exemplo é o leitor de código de barras utilizado para consultar preços em redes de comércio. O esquema permitia invadir o sistema por esse dispositivo e depois chegar ao fluxo de caixa e desviar todos os valores de vendas”, explicou o delegado.

Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública

 

Kennedy Oliveira

É formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades COC (atualmente Estácio). É pós-graduado em Comunicação: linguagens midiáticas, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.

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