Três cantores que deixaram saudades, mas morreram esquecidos

Belchior

Ter um sucesso estrondoso, vender milhares de discos e morrer pobre e endividado. Esta frase reflete a vida do cantor Belchior que morreu aos 70 anos, no Rio Grande do Sul, e que terá seu último sonho realizado: ser enterrado em Sobral, no Ceará, ao lado dos familiares.

Belchior desapareceu em 2006. Na época, o Fantástico chegou a fazer uma matéria sobre o paradeiro dele. A reportagem também mostrou que ele estava cheio de dívidas e devendo pensão alimentícia para as ex-mulheres. Do sucesso estrondoso do “Rapaz latino-Americano” para um fugitivo endividado.

Wilson Simonal

O cantor morreu em 2000, aos 61 anos de idade. Ele que foi um dos maiores sucessos das décadas de 1960 e 1970 morreu esquecido e acusado de ser delator dos colegas para o Dops, na época da ditadura. O apelido de dedo duro pegou porque na época ele pediu ajuda para policiais militares para dar um “aperto” em um contador que o havia passado para trás. O profissional foi torturado e denunciou o cantor como mandante das torturas. Pesquisas mostraram que Simonal, eleito o melhor cantor brasileiro pela revista Rollings Stones, morreu sem reconquistar a fama.

Nélson Ned

Considerado um dos melhores cantores românticos brasileiros Nélson Ned morreu em 2014, aos 66 anos de idade. Estava pobre, esquecido e na cadeira de rodas. Quem acompanhou a carreira dele, sabe que Nélson foi megalomaníaco e gastou dinheiro com bebidas, drogas e mulheres. Antes de morrer estava sob os cuidados da irmã.

Jucimara de Pauda

Jucimara de Pauda é jornalista, pedagoga, educadora social, blogueira e booktuber. Ela escreve no A Cidade On, fala sobre literatura no Canal Livros sem frescura e comenta sobre tudo e todos no jusemfrescura.blogspot.com.br

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