Heitor Villa-Lobos
No ultimo domingo, 5 de março, foi comemorado o nascimento de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), um dos maiores músicos brasileiros, tendo atuado como compositores e maestro
No ano de seu nascimento 1887, o Brasil ainda era um Império, período conturbado no qual estavam em andamento diversas mudanças, incluindo a política. E foi em meio a essas mudanças que o maestro compôs a maior parte de sua obra.
As primeiras composições de Villa-Lobos trazem a marca dos estilos europeus da virada do século XIX para o século XX, sendo influenciado principalmente por Wagner, Puccini, pelo modernismo da Escola de Frankfurt e logo depois pelos impressionistas.
Em 1922 Villa-Lobos participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. À audácia criativa dos anos 1920 (que produziram as Serestas, os Choros, os Estudos para violão e as Cirandas para piano) seguiu-se um período “neobarroco”, cujo carro-chefe foi a série de nove Bachianas brasileiras (1930-1945), para diversas formações instrumentais.
Em sua obra prolífera, o maestro combinou indiferentemente todos os estilos e todos os gêneros, introduzindo sem hesitação materiais musicais tipicamente brasileiros em formas tomadas de empréstimo à música erudita ocidental. Procedimento que o levou a aproximar, numa mesma obra, Johann Sebastian Bach e os instrumentos mais exóticos.
Apoiado pelo Estado Novo, na Era Vargas, Villa-Lobos desenvolveu amplo projeto educacional, em que teve papel de destaque o Canto Orfeônico, e que resultou na compilação do Guia prático (temas populares harmonizados). O compositor preocupava-se muito com os rumos da educação musical nas escolas brasileiras e quando foi aprovado seu projeto de educação na área, voltou a morar definitivamente no Brasil.
Com poema de Dora Vasconcelos, Melodia Sentimental é parte integrante da obra A Floresta do Amazonas, composta nos anos 1950 para o filme “Green Mansions” de Mel Ferrer, com Audrey Hepburn e Anthony Perkins.
Abaixo a música na voz de Jean William: