Abordagens psicoterápicas
Em todas as áreas de atuação o psicológico é norteado pela abordagem teórica que escolhe, ou seja, o que dá molde e característica ao seu trabalho. Essas abordagens se diferem desde a filosofia de base até a forma de intervenção e foco da terapia, entretanto visam sempre o bem estar do indivíduo que se está atendendo.
Não há pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) uma lista de técnicas, porém é necessário que as teorias venham da ciência, desenvolvidas em pesquisas acadêmicas para serem reconhecidas como um campo válido de atuação.
Pode-se dividir as abordagens em três grupos: I em abordagens que centram seu foco sobre o inconsciente e linguagem, II focado no comportamento e III que o enfoque é nas experiências e existências.
O Grupo I, sobre o inconsciente e linguagem, psicanalítico, a qual a se tem a Psicanálise de Freud (originária) e as resultantes de suas transformações e releituras, advindas de Jung, Lacan, Klein, Horney, entre outros. Na compreensão psicanalítica o homem está dividido entre pulsões de vida e de morte e questões inconscientes. O psicólogo trabalha através da associação livre e interpretações dos conteúdos trazidos pelo paciente buscando tornar consciente o inconsciente.
O Grupo II, comportamental, behaviorista, que visa a mudança de comportamentos. Vê-se o homem como um conjunto de alões determinadas pelas contingências ambientais, sendo um produto do mundo. O psicólogo, numa relação sujeito-sujeito, cria condições para explorar-se e compreender-se o significado do problema de seu cliente, visando a mudança.
O Grupo III, sobre experiências e existências, há as abordagens humanistas (Psicoterapia Centrada no cliente, Gestal-Terapia, Psicodrama, entre outras) e as fenomenológicas/existências. Nas abordagens humanistas compreende-se que o ambiente externo interfere diretamente no indivíduo, na fenomenológica/existencial a consciência é intencionalidade, é sempre a consciência “de”, não há separação. O psicólogo trabalha com o aqui e agora, buscando o crescimento, a auto conscientização, o “ser o que se é”.
Cada abordagem psicoterápica possui suas diferenças e limitações, cabendo ao terapeuta considerar as contribuições e impasses que a abordagem teórica apresenta. Não há abordagens melhores ou piores, mais ou menos efetivas. A eficácia da abordagem depende do ambiente em que é posta, a capacitação do psicólogo e domínio teórico, bem como os indivíduos que passaram pela psicoterapia, tendo campo e atuação para todas.