Bullying

A cada dia a palavra “bullying” está mais presentes em nosso cotidiano e na boca das pessoas. Estamos diante de novas formas de violências em seus mais variados contextos, as percebendo e vendo com outros olhares e atenção, mudando paradigmas e repensando definições.

Nas escolas esse tal de bullying é o mais comuns das agressões, caracterizando comportamentos agressivos, repetitivos e constantes.  A palavra “bully” é de origem norte-americana e significa, em tradução, violento, tirano e/ou valentão. No Brasil é entendida como bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, entre outros atos agressivos e violentos.

O uso do bullying tem o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir (física ou psicologicamente) a vítima, e pode se manifestar de maneiras variadas em cada grupo que o pratica, sendo explicita/direta e indireta/velada.

O bullying físico/direto é visível a todos, e possui como comportamentos o bater, chutar, empurrar, tapas, beliscões e danificar pertences. Suas ações são pelo sofrimento físico e força. Muitas crianças possuem essas “brincadeiras” como forma de interação e dinâmica, porém quando a pessoa agredida não consegue se defender ou começa a se sentir mal, humilhada ou submissa, é necessário tomar a frente e observar até onde tais “brincadeiras” são saudáveis (se é que em algum momento são).

O verbal/direto são as atitudes de insultar e apelidar de maneira vergonhosa e/ou humilhante o outro. Comentários sarcásticos, “sarrísticos”, racistas, homofônicos, preconceituosos e intolerante quanto a qualquer tipo de diferença são nocivos e afetam diretamente quaisquer pessoa que seja direcionado tais verbalizações ofensivas.

O bullying social/indireto diz respeito ao ato de isolar ou excluir o outro das atividades, evitando contato e interações sociais, fazendo fofocas e/ou destruindo a índole e manipulando de relacionamentos (colocando um contra o outro).

Há também o bullying sexual, que tem suas ações baseadas em abusar, violentar e assediar sexualmente, e o cyberbullying que consiste em agressões feitas diretamente pelo uso da tecnologia, em páginas da web, e-mails, redes sociais e celulares.

O fato de alguns comportamentos de bullying serem mais difíceis de notar, faz com que muitas vezes passem despercebidos, e a vergonha e medo da vítima contribuem para o fenômeno não deixar de acontecer. Independente o agressão sofrida, ela deixará marcar, no corpo e no psicológico.

Esses atos de agredir fisicamente, apelidar, amedrontar, humilhar, chantagear, ameaçar, excluir do grupo, ignorar, difamar, entre as outras características que vimos acima, levam suas vítimas a uma perda de identidade e tortura emocional e psicológica, gerando sérios problemas psicossociais e prejuízos no processo de aprendizagem.

Dependendo da intensidade, o tempo, forma e a própria capacidade de lidar com problemas da vítima, são necessárias mudanças do ambiente escolar e/ou amigos, acompanhamento pedagógico e psicológico. Não dá pra se brincar com o ato do bullying.

Não há como generalizar quem será a vítima ou o agressor, ele se apresentara de maneiras diferentes em casa escola, período e práticas. O importante é ficar atento e cuidar para que quando tal fenômeno ocorrer os danos sejam os menores possíveis e proteger as vítimas.

Yasmin Paciulo Capato

Yasmin Paciulo Capato é Psicóloga (CRP: 06 / 136448) clínica e atende as especialidade de Psicoterapia, Orientação Vocacional e Psicodiagnóstico na Clínica Vitalli.

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