Setembro Amarelo – Mês de prevenção ao suicídio

Por ano ocorrem cerca de 800 mil suicídios em todo mundo. Para ser mais exato (e assustador) podemos dizer que a cada 40 segundos uma pessoa se mata.

Setembro chegou. Este é o mês cujas questões que envolvem a saúde mental estão em evidência e a maioria das pessoas refletem a cerca da importância de se ter e falar sobre o que é invisível aos olhos, porém extremamente importante para a nossa constituição enquanto seres humanos.

Você sabe o que é “setembro amarelo” e porque esta campanha existe?

Foto: Divulgação

Hoje o suicídio tornou-se um problema de saúde pública. O número de mortes ocorridas anualmente devido a essa causa é exorbitante o que fez com que, em 2015, o CVV (centro de valorização a vida) junto ao conselho federal de medicina e a associação brasileira de psiquiatria pensassem em algo a fim de diminuir as mortes por suicídio e conscientizar a população a cerca de questões que envolvem este problema. Dia 10 de setembro é o dia mundial de prevenção ao suicídio, diante disso este mês foi o escolhido para que a sociedade brasileira fosse mobilizada a refletir sobre a saúde mental mundial. Já a cor amarela foi inspirada em uma situação ocorrida em 1994. Neste ano, um jovem de 17 anos tirou a própria vida dentro de um carro amarelo e em seu funeral, amigos e familiares distribuíram fitas amarelas e cartões de apoio para que as pessoas que estivessem enfrentando o mesmo sofrimento que aquele jovem buscassem ajudam. Essa história inspirou a escolha da cor que marcaria esta campanha e estamparia lugares e pessoas durante todo o mês de setembro.

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Por ano ocorrem cerca de 800 mil suicídios em todo mundo. Para ser mais exato (e assustador) podemos dizer que a cada 40 segundos uma pessoa se mata. Muitos se perguntam sobre os motivos pelos quais isso acontece, mas poucos compreendem a fundo o que leva uma pessoa a este ato extremo.

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Sabemos que o suicídio trata-se do ato intencional de tirar a própria vida devido a um grande desespero seguido de desesperança, desanimo e grande desamparo social. A pessoa que idealiza e/ou consome o ato de se matar enfrenta uma grande dor. Dor essa que muitas vezes é inexplicável e quase sempre incompreendida.  Existem alguns fatores de risco que fazem com que algumas pessoas estejam mais propensas a cometer o suicídio, e esses fatores são:

– Transtornos mentais e psicológicos;

– Abuso de álcool e outras drogas;

– Dificuldades econômicas;

– Relacionamentos conturbados;

– Bullying;

– Histórico de abuso físico, psicológico e/ou sexual;

Isso quer dizer que todas as pessoas que se enquadram nos cenários descritos irão se matar? Não.

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Não existe um perfil que determina quem é suicida. Este ato se dá devido à junção de diversos fatores e alguns deles estão atrelados às situações descritas acima. Por isso é importante que as pessoas sejam sensíveis a alguns comportamentos que são esboçados por pessoas que pensam em se matar.

Mudança brusca de comportamento atrelada à tristeza profunda, agressividade e impulsividade são sinais de podem significar um pedido de socorro. Assim como a intensificação do uso de drogas licitas e ilícitas, sinais de transtornos mentais e o uso recorrente de frases pessimistas e de culpa como:

“A minha vida não tem sentido”

“A minha vida nunca mudará”

“Eu me coloquei nesta situação, é tudo culpa minha”

“Ninguém me entende, ninguém me ama”

“Eu não farei falta”

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Muitos, mesmo em 2019, ainda não levam a sério a importância e o poder da mente humana. Muitos ainda acreditam que o que é invisível aos olhos não existe, questionam a dor mental e não a compreendem com empatia e verdade. Essas pessoas caracterizam o desamparo social descrito anteriormente como um dos causadores da morte de pessoas por suicídio. Apesar de toda a mobilização em prol da saúde mental ainda existem pessoas que veem este problema como frescura, que não se sensibilizam pela dor do outro pelo simples fato de esta dor nunca ter sido sentida por ele mesmo. Porém sabemos que nenhum ser humano é igual. Sabemos que as nossas experiências de vida nos torna quem somos e que ninguém vive igual a ninguém. Diante disso os sentimentos das pessoas também não são iguais e não é porque EU não sinto que o OUTRO também não sentira.

Grande parte das mortes por suicido são evitáveis e é por isso que a conscientização a cerca deste assunto e a busca por sensibilidade provinda das pessoas é algo extremamente importante e essencial. Todos nós podemos ajudar compreendendo que o suicídio, assim como as questões mentais como um todo, são coisas importantes que precisam ser tratadas com atenção e seriedade. O acolhimento de uma pessoa em sofrimento é primordial a fim de minimizar a dor existente. A empatia e a esperança devem se sobressair em qualquer discurso e o mais importante à conscientização a cerca dos serviços especializados e dos profissionais que existem para tratar e ajudar pessoas que carecem é essencial.

Hoje em dia temos profissionais psicólogos e psiquiatras prontos para atender a esse tipo de demanda. Além do centro de valorização a vida que disponibiliza um número telefônico (188) que funciona 24 horas por dia a fim de acolher e auxiliar momentaneamente as pessoas que precisam de suporte. Portanto não hesite em procurar ajuda. Não hesite em distribuir ajuda. É aos poucos que nós conseguiremos construir uma sociedade mais saudável, que compreenda verdadeiramente as questões mentais e que se preocupe, de janeiro a janeiro, com o que é doloroso a si mesmo e a seu semelhante.

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