As experiências da capelania nos fazem refletir o tempo todo sobre o sentido da vida

Encontrar um sentido na vida é um processo contínuo de autoconhecimento.

Ontem, 16 de abril de 2024, O Capelão Pe. Josirlei, foi chamado pra dar a unção pra um jovem de 17 anos, e para cuidar e acolher seus pais, que, em breve, se despediriam de seu filho.

O Capelão ao ver os profissionais da saúde naquele quarto, contemplando a cena de profundo sofrimento causado pela iminente visita da morte àquela família, saiu do quarto e expressou o que sentia naquele momento:

Sra. Morte,

A senhora vem silenciosa, pare que sinto a sua sombra.

Medo? Sou um ser humano, mas medo é de não ter correspondido à vida.

Tem como conversarmos antes, senhora? Diz que, dialogando, se resolve…

Que silêncio!

É… parece que… parece que não, não tem diálogo.

A senhora só chega e pronto.

Eu respeito!

Encontrar um sentido na vida é um processo contínuo de autoconhecimento.

Enfrentar a morte, esta parte inevitável da nossa existência terrena, nos traz, sim, questionamentos. E este questionamento nos propõe uma reflexão profundamente humana que nada tem a ver com medos, ansiedade ou despreparo espiritual.

A transitoriedade do nosso tempo aqui, antes de partirmos pra eternidade, nos ensina a amar o tempo que temos, com as pessoas que amamos, com quem partilhamos experiências, sejam por um longo ou por um breve tempo, como este jovem.

Explorar nossos sentimentos e pensamentos sobre a morte pode, enfim, nos auxiliar a encontrar paz e aceitação diante da inevitável finitude da vida.

Capelão Pe. Josirlei e Lucimara Souza

Recortes da realidade que suscitam esperança, fé e amor. Experiências vividas pelo Capelão Pe. Josirlei, traduzidas por Lucimara Souza.

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