Cruz sagrada
E hoje temos a décima segunda história da Coluna “Preces de Esperança”. Vale a pena conferir!
O mineiro Seu João teve vida muito feliz. Casamento, 8 filhos, trabalhador, ativo.
Hoje, o implacável tempo e a debilidade da saúde o colocaram em um leito de hospital.
Ao seu lado está Jesus, simbolicamente representado em uma cruz, artesanalmente confeccionada por ele mesmo, posta na cabeceira de sua cama; alegoria que sempre o acompanhou revelando sua crença e fé.
A escultura já marcada pelo tempo, pregada sobre a cruz nova, é o nosso o estar no coração de Cristo. Ainda que cansados, debilitados ou acamados, estamos imersos em um Coração sempre renovado de amor – o Coração que tudo perdoa e tudo acolhe, sejam lutas, alegrias ou cicatrizes do tempo.
A imagem denota quão generoso é o coração de Jesus ao emprestar a seu João Suas duas pernas. As pernas que sustentaram uma caminhada terrestre por 80 anos, pernas estas agora doadas aos filhos e que, após a inevitável e iminente passagem desse pai, serão o suporte para os manterem de pé, caminhantes pelos ensinamentos por ele deixados.
A ausência das mãos na escultura igualmente exprimem as mãos que sabiamente apoiadas nos ombros de seu João até aqui, o direcionaram, indicando os melhores caminhos, auxiliando-o na educação dos filhos.
São estas mãos que agora amenizam sua dor neste estágio terminal. São as mãos que o conduzirão ao paraíso. São as mãos que estarão tocando o rosto de cada um de seus filhos para os acalentarem e os consolarem no momento da despedida. São as mãos que, da mesma forma que guiaram Seu João, guiarão também seus entes queridos até o fim.
A simbologia da cena, da escultura, da cruz, e todos os seus significados, vem reafirmar que Jesus está sempre no meio de nós a cumprir sua profecia “[…] E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”.
Na cruz, Deus é para os outros, para a vida do mundo. Que a partir da força dessa cruz, embora com nossas dores, estejamos firmes em Cristo, reconciliados pelo poder do Espírito Santo.