Esperança de Vida

E hoje temos a vigésima quarta história da Coluna “Preces de Esperança”. Vale a pena conferir!

Este é Dr. Flávio, médico anestesista, casado, temente a Deus.

Durante a pandemia, Padre Josirlei o visitou. Era a época em que o médico atendia casos graves no hospital especializado.

Entre eles, um jovem que tentara tirar a própria vida envolvendo-se em fios de alta tensão. Teve 90% de seu corpo queimado. Estava hospitalizado em estado gravíssimo.

Na conversa com o padre, o médico confessou sua angústia e a da equipe. O que levaria um jovem ao suicídio?

Seu estado de saúde denunciava risco de morte iminente.

Diante disso, o padre o tranquilizou:

– Doutor, se não tiver nenhum sacerdote lá no momento, chega você mesmo no ouvido do paciente e diz:

– Estou aqui e te perdoo dos seus erros! Fique em paz!

Era uma época de limitação de visitas em hospitais, possivelmente em virtude da Pandemia.

Recentemente, Dr. Flávio pôde partilhar esta experiência com o padre.

Foto: Arquivo Pessoal

– O senhor se lembra daquela vez em que me orientou a falar com aquele paciente que estava prestes a morrer? Falei ao ouvido dele que ele estava perdoado, pra ir em paz.

O padre resgatou a memória daquele dia.

E o médico continuou:

– Não sei o que aconteceu, padre! Ele melhorou, começou a falar, refletir sobre a vida e hoje está em casa.

Embora, talvez, não tenha havido a compreensão, houve ali uma conexão, uma conexão com Deus. A necessidade espiritual daquele paciente foi atendida. Simbolicamente, uma chave virou ativando seu espírito, e, a partir da vontade de morrer surgiu, de alguma forma, a vontade de viver.

As palavras do médico como forma de enfrentamento daquele momento difícil da vida do paciente representou, na verdade, palavras de fortalecimento, encorajamento e esperança de vida para o jovem.

Capelão Pe. Josirlei e Lucimara Souza

Recortes da realidade que suscitam esperança, fé e amor. Experiências vividas pelo Capelão Pe. Josirlei, traduzidas por Lucimara Souza.

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