Um grito de esperança ainda sufocado

“Vocação: é o que você faz de bom, e o que você se torna. Algo significativo. Essa é uma expressão que me representa. Trago nela uma inspiração para alcançar meus objetivos. Venho de uma família muito simples, porém sonhadora. Desde criança, tenho no futebol meus anseios, tanto de prazer como de esperança de uma vida melhor. É naquela “pelada” aos finais de semana que esqueço os problemas e preocupações que pairam em meu lar.

Diariamente observo a mesma cena, estampada na face da minha mãe, o cansaço representado pelas horas de noites sem dormir. Pela fresta da porta a vejo orando, pedindo que tenhamos um futuro melhor. Sinto a necessidade de ajuda-la, mas como? Faço o que posso para contribuir nas tarefas de casa, da escola e no cuidado com meus três irmãos, porém isso não me parece suficiente. Preciso fazer mais.

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Estou sempre atento aos conselhos. Minha mãe, em sua simplicidade, e contendo um coração que não lhe cabe no peito, apesar de querer eu trabalhar para ajudar em casa, deixa-me orgulhoso quando me acompanha em meus testes, treinos, sempre fazendo aquele esforço, por saber que é importante para mim.

Quero um futuro exercendo minha vocação, o futebol, pois nele encontro representada a minha vida, com desafios e barreiras a serem superados. Neles, algumas vezes sofremos perdas e cometemos faltas, mas devemos levantar e continuar, saber a hora certa de avançar, ou voltar atrás, e reiniciar a jogada, momento em que as dúvidas e ansiedades são muitas.

Vejo-me iniciando a jogada da vida. Para tanto, é hora de me dedicar, partilhar, pois só assim podemos marcar o tão sonhado gol, aquele que irá concretizar minha vocação.

Mateus Azevedo

Mateus Aparecido Miguel Azevedo – aluno da EMEB. “João Nogueira” – 9º C.

Texto participante do concurso “EPTV na Escola”

Lucimara Souza

Formada em Letras, Pedagogia e especialista em Comunicação: linguagens midiáticas, atualmente professora. Aprecia a escrita permeada pela criatividade, humor e certa dose de sarcasmo.

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