Janeiro Roxo: hora de prevenção e cuidados no combate a hanseníase
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil diagnosticou 15.155 novos casos de hanseníase em 2021, índice abaixo do registrado em 2020, de 17.979 casos.
O Janeiro Roxo é o mês dedicado a informações e prevenção quanto a Hanseníase, que é uma doença infecciosa causada pela bactéria mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, e que foi identificada em 1873, assim tratam-se de uma das doenças mais antigas do mundo. Inicialmente foi conhecida como lepra (que era uma doença que sentenciava o paciente a morte), mas com os estudos e aprimoramento das técnicas tornou-se totalmente tratável.
“Queremos combater a doença com eficácia, e por isso os profissionais de Saúde estão preparados para identificar e realizar o tratamento das pessoas que tem hanseníase no município de Cravinhos, uma doença que quando o tratamento é feito de forma adequada pelo paciente se torna completamente curável”, explica o médico Dr. Jacques Bartolomeo.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil diagnosticou 15.155 novos casos de hanseníase em 2021, índice abaixo do registrado em 2020, de 17.979 casos. Nos últimos dois anos, observa-se que o número de casos foi bem menor quando comparado ao ano anterior à pandemia. Em 2019, por exemplo, foram notificados 27.864 casos da doença.
A transmissão da hanseníase se dá através do contato com gotículas de saliva ou secreções nasais do paciente, sendo que a incubação pode variar de seis meses a cinco anos, se manifestando de acordo com a genética de cada pessoa.
“A primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, em qualquer parte do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas da doença. Caso não se faça o tratamento com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das existentes aumentam e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões como nariz e dedos”, avalia Dr. Jacques Bartolomeo.
O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica, aplicação de testes de sensibilidade, força motora e avaliação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais como biópsia podem ser necessários.
“No Brasil, o tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e varia de seis meses a um ano. É um tratamento eficaz, quando feito corretamente, e após a primeira dose da medicação o paciente não transmite a doença durante o tratamento. Podendo conviver em sociedade normalmente”, afirma Dr. Jacques.
Para prevenir a Hanseníase é preciso manter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a uma boa higiene. Aquelas pessoas que são vacinadas com a vacina BCG (aplicada em bebês na maternidade) dificilmente apresentam formas graves da doença.
Em Cravinhos, caso alguém tenha algum sinal de Hanseníase pode procurar os diversos equipamentos de Saúde (Unidades Básicas de Saúde, Vigilância Epidemiológica, Ambulatórios, hospital e pronto-atendimento). Todos os profissionais médicos e enfermeiras estão preparados para atender, fazer as avaliações e iniciar o tratamento.