Psoríase: especialista explica o que é e como a doença se manifesta

Estima-se que a doença atinja mais de 125 milhões de pessoas no mundo e mais de cinco milhões apenas no Brasil.

A psoríase é uma doença inflamatória, crônica, imunomediada, de base genética, que pode atingir a pele, as articulações ou as unhas. Ela se manifesta na maioria das vezes como placas eritematosas descamativas. De acordo com dados da ONG Psoríase Brasil, a doença acomete mais de cinco milhões de brasileiros, sendo mais comum após os 50 anos. No entanto, o mal pode aparecer em outras fases da vida. Desde 2016 que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), elabora ações anuais, sempre no mês de outubro, que visam esclarecer dúvidas acerca da doença e combater o preconceito.

Professora de medicina do IDOMED, a dermatologista Dra. Fabíola Anders explica que a psoríase tem natureza multifatorial e aparece de diversas formas, sendo a mais comum a conhecida como psoríase vulgar.

A dermatologista, Dra. Fabíola Anders, explica que a psoríase tem natureza multifatorial

“Ela forma placas secas avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Elas têm diversos tamanhos e apresentações clínicas de acordo com a localização na pele, couro cabeludo ou unhas”, diz Dra. Fabíola Anders.

A professora diz que não existe uma causa exata para a doença.

“Geralmente, na medicina, quando não se sabe a causa exata de uma doença não podemos falar em cura. Mas tratamos o controle da doença. A psoríase pode ser controlada com tratamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente. Essa é uma doença que tem gatilhos, e fatores que funcionam como desencadeantes ou agravantes. Existem locais como traumas, queimaduras, infecções, o uso de cigarros e álcool, além de alguns medicamentos que podem agravar ou desencadear a doença como anti-inflamatórios, beta bloqueadores, corticoide sistêmico, além é claro, dos fatores psicológicos como depressão e ansiedade”, diz a professora.

Foto: Divulgação

A dermatologista ressalta ainda que a psoríase não é contagiosa. “Acredito que o que mais interfere na qualidade de vida dos pacientes com a doença é o preconceito, o estigma. Ela causa um desconforto estético muito grande. Cabe ao médico orientar o paciente e oferecer um tratamento adequado para que a pessoa tenha uma melhor qualidade de vida”.

Kennedy Oliveira

É formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades COC (atualmente Estácio). É pós-graduado em Comunicação: linguagens midiáticas, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.

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