A ‘cidadela’ de Óbidos
Hoje foi dia de perder-me pelas travessas de uma das vilas mais lindas e preservadas portuguesas, que se chama Óbidos, situada no distrito de Leiria a 80 km do norte de Lisboa. Com cerca de 2.200 habitantes, sede de um município com 141,55 km².
O nome Óbidos deriva do latim: “Oppidium” que significa “cidadela”, “cidade fortificada”. Durante o trajeto pela cidadela é possível atravessar por diferentes épocas: desde celta, romana, visigoda, árabe…
A sua História é tão bonita quanto o lugar. Em parte porque a trajetória desta cidadela protegida por uma alta muralha de pedras é fortemente ligada à nobreza desde o século XIII, e também conhecida como “A Vila das Rainhas”.
Óbidos fez parte do dote de inúmeras rainhas de Portugal, designadamente quando o rei Dinis se casou com Isabel de Aragão. Entre os presentes que o monarca deu à mulher estava: A vila de Óbidos.
Uma tradição que começou no século XIII de ser dote real e se estendeu até o século XIX, momento cujo qual deixou de pertencer ao patrimônio real. Ao longo das várias dinastias, foram beneficiando e enriquecendo. É uma das principais razões para se encontrarem tantas igrejas nesta pequena localidade.
Por tratar-se de uma vila muito pequena os atrativos turísticos estão muito próximos entre si: restaurantes, uma coleção de cafés, lojinhas de artesanato e galerias de arte cheias de charme. A visita não dura mais que um par de horas.
Caminhar por Óbidos é perder-se no tempo e deslumbrar-se pelos graciosos casarios, com paredes caídas e detalhes em azul ou amarelo um cenário típico lusitano. E para tudo ficar mais belo, todas as fachadas e balcões são enfeitados com flores dando um ar gracioso e muito romântico.
Dentro de muralhas, encontramos um castelo bem conservado e um labirinto de ruas e casas brancas que encantam quem por ali passeia. Entre janelas floridas e pequenos largos, ruas silenciosas que guardam muito das histórias de amor exalando o cheirinho de um lugar místico que encanta a muitos com tamanha beleza.