Dia Mundial da Síndrome de Down: como a psicologia pode ser aliada diante da condição genética

Psicólogo explica como tratamento multidisciplinar pode ser decisivo na qualidade de vida.

No dia 21 de março é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down, com o objetivo de trazer inclusão aos portadores da condição genética que, segundo dados do IBGE, contempla cerca de 300 mil brasileiros. Decorrente da presença de três cromossomos no par 21, a síndrome de Down traz algumas características físicas perceptíveis como olhos que se inclinam para cima, língua comumente maior, mãos curtas e largas, entre outros. Já na questão cognitiva apresentam quociente de inteligência (QI) menor que a média da população geral. Crianças portadoras da condição ainda tendem a apresentar atrasos no desenvolvimento de habilidades motoras e linguísticas.

Apesar das limitações, o tratamento multidisciplinar, incluindo o psicológico, pode ser essencial para uma boa qualidade de vida. O psicólogo do Grupo São Lucas de Ribeirão Preto, Daniel Camilo Silva de Carvalho (CRP 06/160721), explica que portadores de síndrome de Down tendem a sofrer impactos psíquicos e comportamentais.

“De modo geral, na infância, é possível citar que a pessoa com síndrome de Down pode apresentar modos que se assemelham a um comportamento sugestivo de transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), bem como prejuízos na comunicação e relações interpessoais, envolvendo muitas vezes episódios de agressividade. Vale ressaltar, também, que há um risco aumentado de depressão em crianças e adultos, que pode ser potencializado por uma tendência a isolamento social”, explica.

Segundo psicólogo, tratamento multidisciplinar é essencial para qualidade de vida dos portadores da condição genética
Foto: Divulgação

Sendo assim, um acompanhamento com profissionais como fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, clínico geral, nutricionista, entre outros se torna fundamental para uma evolução na socialização e práticas diárias como autocuidado. Além disso, é possível trabalhar treinos de habilidades sociais adaptados as necessidades destas pessoas, a fim de auxiliar na melhora da comunicação, verbal e não-verbal, e reduzir os comportamentos inassertivos como agressividade. Outro fator considerável é o auxílio na estimulação cognitiva e apoio no desenvolvimento educacional por parte de psicólogos.

“O tratamento psicológico pode auxiliar a pessoa com síndrome de Down na expressão de suas emoções, na estimulação de aspectos psicomotores e cognitivos que impactam diretamente na vida educacional, bem como na adaptação do sujeito na vida adulta com relação as suas habilidades sociais. Vale lembrar que o papel da psicologia, em primeira instância, é respeitar e valorizar as potencialidades que o sujeito apresenta. Aqui, humanização se torna a palavra de ordem, para destacar a importância de conscientizar a sociedade sobre inclusão e disseminar ideais que prezem pelas mesmas oportunidades educacionais, sociais e profissionais para todos”, conclui o psicólogo.

Da Redação

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