Bobsled consegue melhor posição da história

Matéria de Gustavo Araújo Longo, do site Brasil Zero Grau

Após dois dias da Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos de PyeongChang, e uma viagem de 42 horas no total, o Brasil Zero Grau finalmente consegue divulgar o boletim com resultados do último dia do evento. O destaque ficou para participação do Bobsled brasileiro no 4-man, que conquistou o melhor resultado da história do país na modalidade.

O time do Brasil, formado pelo piloto Edson Bindilatti, pelos pushers Odirlei Pessoni e Edson Martins e o breakman Rafael Souza, conseguiu terminar na 23ª posição da classificação final com o tempo combinado de 2min29seg49 após três descidas. O alemão Francesco Friedrich confirmou o favoritismo e conquistou o ouro com 3min15seg85 – Yunjong Won, da Coreia do Sul, e Nico Walther, também alemão, empataram na vice-liderança e dividem a prata com 3min16seg38.

O desempenho na última descida foi o melhor do trenó nacional em competições nos Jogos Olímpicos de PyeongChang. Com uma boa linha de pilotagem e uma largada eficiente (19ª no geral), a equipe ganhou duas posições e estabeleceu o melhor resultado de sua história olímpica – antes, a melhor posição em número absoluto foi a 25ª colocação de Turim, em 2006, mas o melhor desempenho foi a 27ª colocação em Salt Lake City, 2002.

Em PyeongChang, o objetivo do Bobsled brasileiro era entrar no Top 20 e, dessa forma, realizar a última descida. A expectativa só aumentou quando a equipe terminou três dos quatro treinos oficiais que participou entre os 15 primeiros.

Além disso, o país teve o melhor ciclo olímpico de sua história no esporte, com a conquista da Copa América 4-man em 2015 e 2018, as duas medalhas de bronze no Mundial de Push em 2016 e participações em etapas da Copa do Mundo. Entre 2014 e 2017, por exemplo, o Brasil pulou da 38ª posição para o Top 20 no ranking internacional da IBSF (Federação Internacional de Bobsled e Skeleton).

“A gente sentiu um gostinho nos treinos de ficar entre os 15 melhores, mas sabemos que uma Olimpíada não é fácil. Aqui estão os melhores do mundo e conseguimos ficar entre os 23 melhores. Tinha times que antes ficavam muito na nossa frente e hoje já tiramos essa diferença”, afirmou Odirlei Pessoni.

Contudo, agora é hora de descansar e iniciar o planejamento para os Jogos Olímpicos de 2022 em Pequim, na China. O objetivo do time brasileiro, claro, é manter a evolução do esporte nos próximos quatro anos para que o Top 20 possa, enfim, se tornar uma realidade.

Último dia tem ouro russo e despedida de uma lenda

Além do Bobsled 4-man, outras três modalidades conheceram seus campeões olímpicos momentos antes da Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos de PyeongChang. No Curling feminino, a equipe da Suécia, comandada por Anna Hasselborg, conseguiu segurar a empolgação das sul-coreanas e conquistaram o ouro olímpico.

No hóquei no gelo masculino, o time russo, que competiu com a sigla OAR (Atletas Olímpicos da Rússia), conseguiu quebrar um tabu de 26 anos e voltou a conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos após derrotar a surpreendente Alemanha por 4 a 3 no overtime.

Curiosamente, o último ouro russo foi conquistado em 1992 sob a sigla CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Ou seja, a Rússia ainda não comemorou título olímpico com sua bandeira e hino nacionais (ainda que os jogadores tenham feito um belíssimo gesto na entrega das medalhas ao cantar o hino russo à capela).

Por fim, no esqui cross-country feminino 30km estilo clássico, a norueguesa Marit Bjørgen se despediu dos Jogos Olímpicos de Inverno para entrar diretamente na história da competição. A vitória após 1h22min17seg6 de percurso garantiu a oitava medalha de ouro e a 15ª em sua carreira, o que faz dela a atleta mais laureada da história.

Mais informações sobre as Olimpíadas de Inverno no site http://www.brasilzerograu.com/

Da Redação

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