Febre Oropouche

No Brasil, foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados brasileiros.

A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.

O Brasil registrou duas mortes por febre do Oropouche no último mês de agosto. Até então, “não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos pela doença”, segundo o Ministério da Saúde. As vítimas são duas mulheres, que morreram na Bahia, entre maio e junho deste ano. O estado enfrenta um surto da doença.

No Brasil, foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados brasileiros. Apesar das mortes no Nordeste, a maior parte dos casos está no Norte do país.

Foto: Divulgação

Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão:

Silvestre – este ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os portadores do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o coquilletti diavenezuelensis e o aedes serratus, também podem ser portadores do vírus. Mas o mosquito culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Urbano – aqui, os humanos são os principais portadores do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito culex quinquefasciatus (o famoso pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode ocasionalmente transmitir o vírus.

Foto: Divulgação

Ainda segundo especialistas, os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e da chikungunya, como dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

A doença não tem tratamento e o diagnóstico da Febre do Oropouche envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Embora a Febre do Oropouche (FO) possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros.

O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos.

E para prevenir a doença, são aconselháveis as mesmas medidas de prevenção à dengue, como evitar áreas com muitos mosquitos, se possível; usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

 

Portal G1 – adaptado pelo autor

Vanderson Carniel

Biólogo, Pós-graduado em Gestão Ambiental pela UFSCar. Ex-secretário Municipal de Meio Ambiente e Política Agrícola. Atualmente, é vereador na Câmara Municipal de Cravinhos, Legislatura 21/24.

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