Janeiro branco: Brasil é quarto país mais estressado do mundo e apresenta dados alarmantes sobre saúde mental

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, depressão e ansiedade resultam na perda de aproximadamente 12 bilhões de dias de trabalho por ano.

Janeiro é instituído pelo governo brasileiro como o mês de campanha nacional à promoção da saúde mental. A data se torna cada vez mais importante e necessária para debate, uma vez que o país tem dados alarmantes sobre o tema. O novo relatório global World Mental Health Day 2024 mostra que o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo, com 42% da população relatando esse sentimento.

Os números, que aumentaram no período de pandemia da COVID-19, vem de encontro aos alertas realizados pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), relatando que problemas de saúde mental podem levar a um desempenho reduzido, faltas ao trabalho e aumento da rotatividade de pessoal. Entre os fatores de riscos estão a discriminação, más condições de trabalho ou autonomia limitada.

Segundo pesquisa, 42% dos brasileiros se dizem estressados
Foto: Divulgação

Segundo o psicólogo do Hospital São Lucas, Daniel Camilo Silva de Carvalho (CRP: 06/160721), a saúde mental deve ser vista como um componente presente em todas as pessoas, desde aquelas que possuem ou não um diagnóstico psiquiátrico, e resulta de fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Com isso, abordar a temática é extremamente importante para fomentar a conscientização acerca da relevância da saúde mental e favorecer a desmistificação de estigmas e preconceitos.

“Há várias formas de cuidar da saúde mental, mas em especial, ressalto um olhar cuidadoso para as relações interpessoais, que é a forma como o sujeito vê e lida com as pessoas, bem como intrapessoais, que é cuidar da relação consigo mesmo, como por exemplo autoestima, autocompaixão e autoeficácia”, comenta o psicólogo.

Segundo psicólogo, Daniel Camilo Silva de Carvalho, cuidado com saúde mental é primordial para qualidade de vida
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Considerando que a qualidade de vida é um reflexo de fatores biopsicossociais, as alterações pejorativas das dimensões físicas, emocionais, psicológicas, bem como o teor de atividades diárias, a satisfação com a vida e a percepção do estado de saúde podem ser considerados sinais de alerta em saúde mental.  Além disso, pode-se listar alguns fatores de risco que também podem favorecer o impacto negativo na saúde mental, como por exemplo abusos sexuais e físicos, qualquer tipo de violência, pobreza, exclusão social e desvantagem educacional, doenças psiquiátricas, desastres naturais entre outros.

Dentre as opções de tratamento profissional em saúde mental, destaca-se o acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

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“Em casos de pessoas que possuem convênios de saúde, é possível buscar atendimento ao marcar consulta com um clínico geral, que fará os encaminhamentos devidos, ou marcar diretamente com um psiquiatra quando disponível. Já em relação a rede pública, as pessoas podem ser atendidas em qualquer dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). É de extrema importância levarmos em consideração nossa saúde mental, pois com sintomas controlados e acompanhados por um profissional, além da junção da prática de atividade física e estabelecimento de rotina, ela se torna elemento essencial para nossa qualidade de vida”, conclui.

Da Redação

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