Má postura: saiba como minimizar a dor nas costas em crianças e adolescentes
Fisioterapeuta dá dicas para pais auxiliarem na melhora do quadro em jovens.
Uso de telas de modo excessivo, aumento do peso da mochila escolar e a falta de atividades físicas são alguns dos fatores externos que podem ocasionar erros de postura e, consequentemente, dores em crianças e adolescentes.
Embora não haja dados estatísticos, o aumento de casos em clínicas de fisioterapia e consultórios de ortopedia mostra que as reclamações de dores nas costas por parte desse público são mais frequentes. Segundo o fisioterapeuta do Hapvida NotreDame Intermédica, Matheus Tomaselli, a faixa etária mais crítica fica entre 9 e 15 anos, período em que acontece às alterações hormonais e o crescimento acelerado das crianças.
“Nessa fase, além dos fatores internos também existem os fatores externos, como o aumento do peso da mochila escolar e o aumento no tempo de estudo em casa, que contribuem com o desenvolvimento da má postura”, diz o profissional.
Ainda de acordo com o especialista, a má postura na adolescência pode se tornar algo grave.
“Isso porque, é a fase de desenvolvimento estrutural musculoesquelético. Então, o posicionamento inadequado e o formato das vértebras, ligamentos e músculos podem se tornar definitivos ou crônicos na vida adulta”, explica.
Como manter uma boa postura?
Para prevenir o aparecimento de problemas, Tomaselli orienta os pais a seguirem algumas dicas para ajudar as crianças e adolescentes a manterem uma boa postura, com uma coluna saudável.
“Os pais podem observar e contribuir com a melhora do quadro observando o alinhamento postural nas tarefas de casa”, indica.
No uso de telas, por exemplo, a dica é mantê-las sempre na altura dos olhos e por tempo limitado. Além disso, o fisioterapeuta explica que os pais devem também fazer uma avaliação do peso das mochilas (que não deve exceder 10% peso corporal), levando somente o necessário para a escola.
Outra orientação importante é quanto à prática de exercícios físicos.
“É necessário, estimular a realização de exercícios de forma regular, porém sem que causem sobrecarga ou impacto excessivo. Exercícios como natação, pilates e exercícios funcionais são os mais indicados nesses casos”, conclui Tomaselli.