Com Selic em 2 dígitos, renda fixa é a preferida dos investidores paulistas

Levantamento feito pelo Santander Brasil mostra que a renda fixa representa 39% do total da carteira em todo o Brasil e 38% entre os clientes do Estado de São Paulo.

A crescente alta nos juros está motivando os investidores paulistas a migrar seus investimentos para a renda fixa, seguindo tendência observada em todo o país. De julho de 2021 a março deste ano, a parcela investida nesta modalidade por clientes moradores do Estado de São Paulo cresceu de 36,33% para 38,29%. Neste mesmo período a Selic (taxa básica do País) passou de 4,25% para atuais 12,75%. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Santander Brasil com clientes em todo Brasil.

No Brasil, a parcela na renda fixa representa em média 39% da carteira dos investidores, segundo o estudo. A renda fixa considera os investimentos em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e títulos públicos do Tesouro Direto.

“A renda fixa sempre teve um protagonismo grande entre os brasileiros e, com os dois dígitos na taxa de juros, isso fica ainda mais evidente. Esse aumento na modalidade também mostra um apetite menor ao risco em um ano bastante desafiador para os investimentos”, afirma a superintendente executiva de Investimentos do Santander Brasil, Luciane Effting.

Julio Vergaças Fernandes, superintendente executivo da Rede SP Interior II do Santander Brasil
Foto: Divulgação

O levantamento levou em conta os investidores do Santander em todo o País, sem considerar a caderneta de poupança.

Com a busca por mais segurança, os moradores do Estado de São Paulo analisados também apostaram em previdência privada, categoria que aparece como a segunda mais investida. No entanto, de julho de 2021 a março de 2022 essa parcela caiu de 27,26% para 25,76%. De janeiro a março deste ano, a Zurich Santander Seguros e Previdência captou quase R$ 500 milhões nos planos de previdência entre investidores pessoa física.

Os fundos de investimento, que nacionalmente tiveram uma queda para 24,89% em março de 2022, são o terceiro investimento preferido dos paulistas com 25,39%. Em julho de 2021, essas aplicações representavam 27,19% da carteira.

Junto com a renda fixa, os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) também tiveram crescimento entre os investidores de São Paulo ano passado para este ano. O Estado foi o segundo no Brasil que mais cresceu com investimento no COE passando de 1,28% para 2,69% em março de 2022 do total, em média.

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De acordo com a pesquisa do Santander, a captação foi destaque, saindo de R$ 184 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 555 milhões no mesmo período deste ano, o que representa um crescimento extraordinário de mais de 300%.

Para Julio Vergaças Fernandes, superintendente executivo da Rede SP Interior II do Santander Brasil, num cenário de tanta incerteza, como o atual, essas estruturas são uma oportunidade para os clientes, já que é possível apostar na alta de um determinado índice com garantia do capital protegido.

“As mais demandadas têm sido do tipo ganha-ganha, onde o cliente acredita na valorização de um índice (como Ibovespa, S&P500 ou IPCA) e, caso não aconteça, ele ganha um retorno fixo como 10% ao ano, por exemplo”, afirma o executivo.

 

Renda Variável perde terreno

Com o avanço da renda fixa, a renda variável acabou perdendo espaço, tanto os investimentos em ações quanto em fundos imobiliários. Por outro lado, os títulos de crédito privado, como Debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que também se beneficiam da alta dos juros, avançaram de um ano para outro entre os clientes paulistas.

Da Redação

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