“Quero que minha filha me veja como um herói e uma pessoa que admira”

O policial militar – bombeiro, Antônio Carlos Gonzaga Coelho, foi atrás de sua filha nos últimos anos, e após dois anos poderá passar o Dia dos Pais com a pequena Pietra.

O policial militar – bombeiro Antônio Carlos Gonzaga Coelho, 39 anos, exerce a sua profissão há dez anos, além de já ter sido também policial militar por aproximadamente oito anos. Já enfrentou diversas situações e tem muitas histórias para contar, entretanto nos últimos dois anos precisou contar com a ajuda de todos para localizar a sua filha, que havia sido levada pela mãe dela.

Mas ele recebeu um presente do Dia dos Pais especial e antecipado, porque há aproximadamente três meses ele conseguiu localizar a sua filha em Anápolis (GO), depois de denúncias anônimas, e foi lá buscá-la, já que havia ganhado esse direito na Justiça.

 “Sempre orei e pedi muito a Deus para que esse momento chegasse. E depois de quase dois anos de muita busca e procura em Curitiba, Brasília, Goiânia, Anápolis (onde acharam a minha filha com a mãe dela), estou podendo passa o Dia dos Pais com ela. Então é algo maravilhoso, e foi a melhor surpresa que poderia ter acontecido nesse ano em minha vida. Uma sensação maravilhosa e inexplicável”, explica Antônio Carlos Gonzaga.

“Tudo vale a pena, por quem a gente ama. E faria tudo de novo para poder estar com minha filha. Que todos os pais possam se aproximar mais dos seus filhos, e dar o valor merecido”
Foto: Arquivo Pessoal

Atualmente com sete anos de idade, a pequena Pietra S.C. poderá passar o Dia dos Pais com seu pai, e ainda se divertir muito em um dia com toda a família reunida.

 “É um dia muito especial para quem é pai, porque filhos são heranças Divinas. Deus nos permitiu a dádiva de ser pai, então você passar a sua geração pra frente é algo muito especial. Temos que lembrar dessa data com bastante amor e carinho”, diz o bombeiro.

Ainda segundo Carlos, ele e sua filha passarão o Dia dos Pais com parentes, em específico na casa do seu primo, em que terá sua afilhada, que também é amiga da Pietra.

Quando perguntado ao bombeiro militar se ele quer ganhar algum presente nesse Dia dos Pais, a resposta foi bem sincera: “sim, o coração da minha filha”.

 “Tendo isso o resto vai vir naturalmente (carinho, confiança, amor e tudo mais). Bens materiais eu não me importo muito não”, ressalta Carlos.

Pietra passará o Dia dos Pais com o seu pai depois de aproximadamente dois anos
Foto: Arquivo Pessoal

Somente agora o policial militar – bombeiro, Carlos Gonzaga, está podendo ter um contato diário com sua filha, uma vez que quando a mãe de Pietra o deixava a visitar, não conseguia ficar mais do que três dias, já que não poderia perder dias de serviços e as férias nunca coincidiam.

“Na verdade eu não convivia muito com minha filha, porque a minha visita durava em torno de três dias, e eu só consegui pegar férias quando ela tinha 5 anos, ai passei 15 dias com ela. Mas logo depois a mãe dela a levou embora e começou a minha busca por encontrá-la”, diz o papai.

Já faz dois meses e meio que Carlos está convivendo diariamente com a pequena Pietra, assim podendo exercer o seu verdadeiro papel de pai.

“É algo que não tem preço. É uma experiência nova e nem sempre é fácil, porque temos nossas divergências, mas estamos nos acostumando um com o outro. Está sendo uma experiência muito boa e um grande aprendizado para minha vida. Aprendi a me preocupar mais com o outro do que comigo mesmo. Está sendo maravilhoso e quero aproveitar o máximo que puder nos momentos que estou do lado da minha filha”, afirma Carlos.

E o que o bombeiro militar mais quer nesse momento é ser um exemplo para sua filha, e a ensinar a educação e respeito para com o próximo.

“Antes de querer ser um herói para os outros, seja primeiro para seu filho e sua família, uma palavra pode iludir, mas o exemplo arrasta!”
Foto: Arquivo Pessoal

“Perdi meu pai com 4 anos de idade, e não tenho muito referência para falar sobre isso, mas como pai procuro ser o melhor que eu posso. Como todas as pessoas, tenho meus erros e defeitos, mas tento melhorar um pouco a cada dia. Quero que minha filha me veja como um herói e uma pessoa que admira, e que poderá contar sempre pra tudo que ela precisar”, conclui o pai da pequena Pietra, Carlos Gonzaga.

Que todos os pais possam sempre lutar por seus filhos, que proporcionem bons exemplos, dê carinho e amor, e sejam presentes.

Kennedy Oliveira

É formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades COC (atualmente Estácio). É pós-graduado em Comunicação: linguagens midiáticas, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.

Deixe uma resposta