Projeto usa a leitura para confortar pacientes em Ribeirão Preto

Projeto que usa a leitura para confortar pacientes em tratamento de doenças crônicas e neurodegenerativas em Ribeirão realizou evento na sexta-feira (30/06).

A programação que encerra o ciclo atual aconteceu no Centro Dia do Idoso, no complexo da APAE, mais recente grupo aberto pelo “Tomates verdes fritos”. O projeto é realizado pelo Observatório do Livro em parceria com o Conselho Municipal do Idoso e atende, atualmente, 51 pacientes de forma individual e 74 em grupo

“Sou muito grata pelos atendimentos, porque têm sido muito bom para mim poder conversar e ser escutada”, conta Maria Silva Palácio, de 73 anos, que é atendida em formato residencial. “É muito bom ser ajudada a pensar sobre os problemas e sobre as coisas que já aconteceram e ainda acontecem comigo”, explica Maria.  Não é diferente do que acontece com a Edna Ofélia Dias, 71 anos, que diz que o projeto caiu do céu para ela.

Foto: Divulgação

“Porque eu estava precisando de atendimento psicológico para conversar e não tinha condições de pagar uma psicóloga. Aqui eu consigo conversar sobre tudo, o que tem me ajudado muito a melhorar e falar sobre o que já passei. Por isso, eu sou realmente muito agradecida a quem criou esse projeto, que permite que quem não tem condições financeiras receba ajuda também”, confidencia Edna, que é acolhida em consultório.

Além de atuar em alguns serviços oncológicos e de hemodiálise, os psicólogos e biblioterapeutas se reúnem com grupos do Centro dia do Idoso (Complexo da Apae), do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do bairro Presidente Dutra, do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência a Reabilitação de Mastectomizadas (REMA) na Escola de Enfermagem da USP, bem como com a rede de apoio.

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“As reuniões ajudam a não ver só o lado negativo da situação, mas o lado bom também. A gente é uma família aqui e aprende uma com a outra”, diz Marta Helena Lima Tognon, 65 anos, participante do Dutra.

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O projeto

A supervisora do “Tomates verdes fritos”, Juliana Bessa, psicóloga e biblioterapeuta, explica que o fechamento que aconteceu na sexta-feira (30/06) é apenas simbólico.

“A gente fecha o ciclo para poder avaliar o desenvolvimento do trabalho, o que a gente produziu e o que precisa ajustar”, observa. “Todos os pacientes que estão em atendimento continuam normalmente, enquanto a equipe reflete sobre o que pode melhorar no próximo ciclo”, completa Juliana, lembrando que são atendidos, atualmente, 51 pacientes de forma individual e 74 em grupo.

Enquadrado na Lei do Idoso, o projeto é aplicado por meio das técnicas da Biblioterapia e recebe o patrocínio de Atacadão e apoio de Vinci e Hospital São Lucas.

Da Redação

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