O PESO da Língua Portuguesa
Semana passada resolvi iniciar uma dieta. Fazem anos que ensaio esta tomada de decisão. Agora é pra valer.
Estou ingerindo menas guloseimas e comendo mais frutas, verduras, carnes brancas e iorgutes. Antes eu comia, todas as tardes, oitocentas gramas de mortandela com uns três pães. Depois repousava a cabeça no travisseiro e ficava só curtindo minha culpa.
Todos lá de casa, mesmo não querendo ou não precisando, estão sendo obrigados a se alimentarem de acordo com o meu cardápio. As crianças reclamam, gospem toda verdura e detestam os peixes com muitos espinhos. Acham que sou mal. Dá uma dó!
Por mais que eu esteje errada, não posso mudar de atitude. Durante as refeições explico a importância do regime e, devagar, percebo que a gente vamos nos entendendo. Acabo mexendo com o emocional de todo mundo.
Claro que fico meia enjoada dessas comidinhas lights, mas não demostro. O corpo já pedia esse sacrifício. Eu não conseguia nem abaixar mais para amarrar o cardaço do tênis; ficava soando em bicas… Muito sofrimento! Imagine só: semana passada não consegui matar uma largatixa embaixo da minha cama… Cansei!
Há quinze anos atrás eu tinha um corpo ideal. Depois que tive meu último filho, o poblema foi se agravando, onde nunca mais esmagreci. Vejo que se a dieta não for rigorosa de agora em diante, daqui há alguns dias não passo nem na porta da minha casinha germinada.
Minha última consulta à nutricionista foi ótima; tirando o tráfico excessivo que peguei na rodovia. Conversamos durante horas e, além do controle alimentação, ela receitou um medicamento; tomarei todos os dias ao meio dia e meio, antes do almoço. Tenho que fazer o tratamento certinho, sem esquecer nem uma das restrições. Estou bem confiante no bom resultado.
Afinal, como é que se vive com 162 kg erradamente distribuídos em 1 metro e meio? Poderiam haver complicações muito mais graves do que o simples mau estar. É porisso que permaneço bem empenhada em meu objetivo.
Bom… Por hoje eu só queria dividir com vocês este texto que escrevi em meu diário. Espero que a língua portuguesa não me condene tanto. Não tenho tanta intimidade com as letras, mas prometi a mim que dentro de pouco tempo vou estar podendo voltar a estudar.
Agora ainda não posso por que tenho um filho ainda di menor e não vou deixar ele sozinho.
Pretendo ingressar em um cursinho de redação e desenvolver o dom da escrita. Acho que tem haver com migo. Pra mim poder me sentir melhor também.
Aliás, estava aqui me lembrando da minha última professora de português do ginásio; ontem vi ela no mercado. Concerteza, é inesquecível para mim!