As mamas após perda maciça de peso
Estima-se que após um ano da cirurgia, os pacientes percam cerca de 45% do seu peso inicial, gerando um excesso de pele muito importante.
A obesidade está cada vez mais frequente na nossa sociedade. O Ministério da Saúde estima que 38 milhões de brasileiros estejam em sobrepeso e outros 10 milhões com obesidade instalada, podendo ser considerada uma grande epidemia. Pode estar associado a problemas metabólicos, mas também pode ocorrer devido à escolha de maus hábitos de vida.
Dentro desse contexto preocupante, muitos estudos ajudaram a compreender a síndrome da obesidade. O tratamento da obesidade envolve um complexo conjunto de ações. A cirurgia bariátrica surgiu como um importante tratamento no controle da obesidade.
Estima-se que após um ano da cirurgia, os pacientes percam cerca de 45% do seu peso inicial, gerando um excesso de pele muito importante. Deste modo, as mamas também sofrem com esta perda maciça de peso, tornando-se flácidas e pêndulas, perdendo sua estrutura e formato cônico usual, impactando a autoestima destas pacientes.
O estímulo para realização de hábitos saudáveis e dietas recomendadas deverá fazer parte de um tratamento, mas em relação as mamas existem técnicas específicas para estas situações que podem envolver a retirada planejada de pele em excesso e remodelamento do tecido mamário pré-existente (mastopexias), incluindo ou não a associação de implantes de silicone. Cada caso deverá ser analisado individualmente.
A avaliação cirúrgica deve incluir a pesquisa das condições clínicas do paciente, especialmente a presença de anemia, alterações eletrolíticas e distúrbios nutricionais; assim como a avaliação da anatomia do paciente. Os aspectos psicológicos e emocionais também precisam ser avaliados e levados em consideração.
As cirurgias das mamas após perda maciça de peso devem ser consideradas procedimentos reconstrutores e não meramente estéticos. Estas mulheres pedem e merecem ter nossa ajuda.