Alimentação e depressão
A depressão é uma doença de etiologia multifatorial que atinge aproximadamente 10 milhões de brasileiros e 340 milhões de pessoas em todo o mundo. Sendo o sistema nervoso central responsável pela regulação do comportamento no organismo humano, qualquer alteração que prejudique a neurotransmissão possibilita o aparecimento da depressão. Os principais sintomas são: tristeza persistente, falta de energia, irritabilidade, ansiedade, perda de interesse por atividades que normalmente geravam prazer, baixa autoestima, alteração do sono e do apetite.
O tratamento mais aplicado ao paciente depressivo costuma unir psicoterapia e terapêutica farmacológica. Alguns efeitos colaterais dos fármacos são: sonolência, ganho de peso, náuseas, tontura, taquicardia, constipação e anorexia.
Nesse contexto, a nutrição pode ser uma importante aliada no controle dos efeitos colaterais dos medicamentos e na melhora do quadro geral do paciente. Assim, cada vez mais pesquisas e estudos mostram forte relação entre deficiências nutricionais e desordens mentais. As deficiências de ácido graxo ômega-3, vitaminas do complexo B, minerais e aminoácidos são as mais frequentemente vistas em pacientes com depressão.
Pessoas que estão tratando essa doença podem se beneficiar com a inclusão dos seguindo nutrientes na rotina alimentar:
– Triptofano e ômega-3: carne, peixe, frutos do mar, ovo, castanhas, amendoim, ervilha, abacate, couve-flor, banana, grão-de-bico, aveia, chocolate amargo;
– Cálcio: leite e derivados;
– Magnésio: chocolate, castanhas, amêndoas, sementes de abóbora, arroz integral, gérmen de trigo, aveia, abacate e banana;
– Vitaminas do complexo B: espinafre, couve manteiga, leite e derivados, fígado, frango, ameixa e melancia;
– Vitamina C: acerola, goiaba, abacaxi, laranja, limão, tangerina, amora;
– Fibras: frutas, vegetais e sementes como chia, linhaça e gergelim.