Jovem vence como melhor ator em Festival de Jundiaí

Ator que deu seus primeiros passos no teatro na cidade de Cravinhos, começa a ganhar reconhecimento no cenário estadual

Olá leitores! Hoje quem senta aqui comigo para um bom bate-papo é o jovem Guilherme da Rocha Medeiros, 18 anos, e recentemente eleito o melhor ator do Festival de Teatro de Jundiaí. Natural de Cravinhos, começou aos quatro anos a se encantar pelo mundo das Artes Cênicas. Já na adolescência ingressou no Curso de Iniciação Teatral (CIT), em Cravinhos, onde começou a se destacar. Como havia decidido que era essa área que pretendia seguir foi se especializar e se formou em ator Instituto Ribeirão em Cena Escola de Teatro.

“A primeira lembrança que vem na minha cabeça é o quintal da minha avó onde eu pegava algumas indumentárias antigas dela e brincava ali mesmo, fazia meus shows e lá eu podia ser quem eu quisesse”, comenta o ator Guilherme Medeiros.

Atualmente os papéis nas Artes Cênicas tem sido disputado por muitos bons atores e atrizes, mas Guilherme Medeiros faz questão de ressaltar que mão pensa em dinheiro, mas sim em transformar vidas.

Pegue a sua bebida de preferência e acompanhe esse descontraído “Bate-Papo” com o ator Guilherme Medeiros.

Olá Guilherme, tudo bem?

Tudo bem sim e obrigado pela oportunidade dessa entrevista.

Trabalhar com artes cênicas é algo difícil para se ter o reconhecimento?

Depende muito do projeto de vida de cada um. O que é ser reconhecido? Fama, dinheiro, entre outros? O reconhecimento para mim não é algo que me chama a atenção, quero exprimir meus sentimentos e trabalhar com o teatro na função de transformar vidas

Nesse segmento de Artes Cênicas quem são seus ídolos?

Sou apaixonado por Eugenio Barba com o seu pensamento de pré-expressividade e antropologia; o diretor Gabriel Vilella, Antunes Filho, e não posso deixar de dizer minha paixão pela atriz Laura Cardoso

Como é o apoio de sua família nessa sua profissão?

Não é uma coisa que agrada cem por cento eles, porém respeitam minha profissão.

Nesse ano você conquistou o título de melhor ator no Festival de Jundiaí. Qual foi a sensação de receber essa notícia?

Passou um filme na minha cabeça em milésimos de segundo, nunca imaginei que pudesse ganhar algum prêmio. Fiquei muito tempo sem acreditar, mas me sinto muito feliz, porém um pouco triste por não estar lá para receber tal premiação.

A cidade de Cravinhos nas décadas de 70 a 90 sempre foi marcada por ter excelentes grupos teatrais. Acredita que o FANNAN (Grupo de Teatro de Cravinhos) surgiu para reacender esse lado novamente?

Acredito muito nisso, o grupo tem realmente pessoas muito boas e que estão afim de fazer arte e história. Foi incrível nossa primeira participação em um festival juntos e já recebermos uma premiação de melhor grupo, estamos com um projeto muito legal em andamento e creio que vai ser algo surpreendente.

Você é um ator muito polivalente que se adapta a qualquer personagem. Tem algum personagem que está marcado em sua vida?

Tem dois personagens Rodriguianos que eu tive o prazer de interpretá-los que são a D. Flávia “Doroteia” e Misael “Senhora dos afogados”, ambos foram preciso muito estudo e me trouxeram muito aprendizado e nunca vou esquecer dessa experiência.

E existe algum personagem que você não toparia interpretar?

Nunca cheguei a pensar nisso, acredito que como ator qualquer personagem é um desafio e a chance de descobrir um novo universo.

O que hoje significa a arte cênica em sua vida?

O teatro atualmente vem sendo meu grande companheiro, minha válvula de escape para tudo, como diz Yoshi Oida, “Sentimo-nos como se estivéssemos cobertos e apoiados pela energia do universo inteiro”, é isso que eu sinto quando estou atuando, fico em outro estado vivo praticamente em dois níveis é algo além da minha energia pessoal e é nesse momento que nada mais me perturba, é como se eu sentisse um novo sopro de vida.

Kennedy Oliveira

É formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pelas Faculdades COC (atualmente Estácio). É pós-graduado em Comunicação: linguagens midiáticas, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.

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