Amamentação e o desenvolvimento cognitivo do bebê

Estudos indicam que a composição do leite materno beneficia o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo

A amamentação, além de trazer inúmeros benefícios ao sistema imunológico do bebê, também auxilia no seu desenvolvimento cognitivo, melhorando a capacidade de aprendizado e processamento de informações. O leite materno é classificado como melhor e mais nutritivo alimento, sendo indicado o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê.

Foto: Divulgação

Estudos indicam que a composição do leite materno beneficia o desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo. A formação cognitiva está relacionada também a fatores ambientais e genéticos. Essa influência positiva pode estar relacionada a alguns componentes do leite, como os ácidos graxos, que na maioria das vezes não são encontrados em fórmulas suplementares. Essas substâncias, como o ácido araquidônico, proveniente do Ômega 6 e o DHA, oriundo do Ômega 3, têm papel importante no processo cognitivo. Esses ácidos graxos atuam na construção das membranas celulares, principalmente das células da retina, propiciando uma melhor visão, e do sistema nervoso central. Eles se acumulam rapidamente nestes sistemas principalmente no último trimestre da gestação e nos primeiros meses de vida.

Além da composição química do leite, outro fator muito importante é que durante a amamentação há o contato entre a mãe o bebê. Esse contato reduz estresse, irritabilidade e ajuda a melhorar a interação social. Portanto, o leite materno em conjunto com o relacionamento mãe e filho ajudam no desenvolvimento neurológico e cognitivo.

Renata Dessordi

Renata Dessordi é nutricionista formada pela Universidade de Ribeirão Preto, especialista em Nutrição Clínica e Esportiva. Mestra em Alimentos e Nutrição pela Unesp. Doutoranda em Alimentos e Nutrição pela USP/Unesp. Auriculoterapeuta Francesa.

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